O jornal de Negócios confirmou e conseguiu recolher detalhes adicionais sobre a notícia aqui avançada a 9 de dezembro, na qual se relatava que o “Governo deixa de receber informação do INE com antecedência“. Eis um excerto da peça de hoje do Negócios:
“(…) A mudança foi avançada pelo site “Economia e Finanças” no início de Dezembro, dando conta de uma alteração na “Política de Difusão”, publicitada no site do instituto, onde se passou a ler que “às 9 horas do dia da sua divulgação no Portal do INE têm acesso prévio, sob embargo, à informação estatística oficial: o Presidente da República e os Directores dos Serviços Regionais de Estatística das Regiões Autónomas” – e estes últimos, apenas “quando estão em causa estatísticas de âmbito nacional com desagregação a nível de NUTS II)”. Nenhuma referência ao Governo, nem no dia antes, nem no próprio dia.
Várias fontes ouvidas pelo Negócios notam a coincidência entre a decisão do INE e um episódio recente de utilização pública por um membro do Governo de informação sob embargo. Não sendo comum, não foi caso inédito nos últimos anos nos vários Executivos.
O Negócios questionou o instituto que se limitou a confirmar a alteração, justificando-a com a opção de “acompanhar as actuais tendências internacionais que, à luz do Código de Conduta para as Estatísticas Europeias, apontam para a restrição, ou mesmo eliminação, do número de destinatários das informações estatísticas sob embargo, bem como para a diminuição progressiva do número de horas do acesso prévio, sob embargo, aos dados que as autoridades estatísticas irão divulgar”, explicou fonte oficial. (…)”
Pode ler a peça integral do Negócios nesta ligação “INE deixa de antecipar informação ao Governo” (reservado a assinantes).