Exportações e Importações continuam a desacelerar com a taxa de cobertura a agravar-se

Segundo as estatísticas do comércio internacional relativas ao trimestre terminado em setembro de 2014, as exportações e importações continuam a desacelerar com a taxa de cobertura a agravar-se. As exportações de bens aumentaram 1,5% (2,4% entre junho-agosto) face ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações de bens aumentaram 2,5% (3,2% entre junho e agosto) também em termos homólogos.

Com as importações a aumentarem mais depressa que as exportações a taxa de cobertura da balança comercial de bens registou novo agravamento, com as exportações a conseguirem cobrir em valor 80,3% do total das importações.

Um outro dado significativo quanto ao trimestre é a disparidade que se verifica na evolução das trocas coemrcais com o bloco dos países da União Europeia e o Resto do Mundo. Durante este trimestre, as trocas detnro da União aumentaram (principalmente as importações mas também as exportações) tendo diminuido entre países extra-comunitários (tanto exportações quanto importações). Esta mudança de motor do dinamismo da balança comercial de bens parece coincidir com a entrada num novo período de desequilibrio crescente da balança comercial. Esta é contudo uma “conclusão” que carece de melhor análise.

Especificamente no mês de setembro de 2014 face a igual mês do ano anterior tanto as exportaç~eos quanto as importações registam maiores taxas de crescimento do que as registadas para o conjunto do trimestre (+3,47 e 5,6%, respetivamente) contudo as importações continuam a aumentar mais depressa do que as exportações, pelo que esta evolução também contribuiu para o reforço do desequilíbrio da balança comercial de bens de Portugal. Olhando exclusivametne para o mês de setembro, este perfil de contração das trocas extra-comunitárias não se confirma: as exportações que terão aumentado 11,7% (queda de 0,2% no trimestre). Quanto às importações terão aumentado 9,1% (-6,5% no trimestre). Um último comentário, nas últimas semans as taxa de câmbio do euro face ao dolar recuou para mínimos de vários anos, poderá esta redução vir a animar de novo as trocas, em particular as exportações? Os próximos meses o dirão.

Um excerto do realtório do INE co malgumas indicações quanto aso sectores mais dinâmicos:

“No 3º trimestre de 2014, face ao período homólogo (3º trimestre de 2013), destacam-se nas exportações os acréscimos nos Bens de consumo (+8,0%) e nos Produtos alimentares e bebidas (+4,8%), enquanto os Combustíveis e lubrificantes registaram a maior redução (-11,3%).
No que se refere às importações, e no mesmo período, salienta-se o aumento na categoria do Material de transporte e acessórios (+23,1%), devido sobretudo à evolução dos Automóveis para transporte de passageiros e do Outro material de transporte. As importações de Combustíveis e lubrificantes apresentaram a maior redução (-11,3%).”

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