Confiança dos consumidores em máximos desde 2002; nas empresas estagna

Segundo os dados relativos a outubro de 2014 recolhidos pelo INE no inquérito de confiança aos consumidores, nunca desde maio de 2002 a confiança dos consumidores terá sido tão elevada. Para este resultado contribuíram, principalmente, as melhores expectativas de evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país. Igualmente com evolução positiva mas menos acentuado, surgem as opiniões quanto às perspetivas de evolução da poupança. Das variáveis que compõem o indicador de confiança apenas uma tem vindo a registar uma evolução negativa: as expectativas relativas à evolução do desemprego.

Quanto aos inquéritos de confiança aos vários sectores de atividade e o resultante indicador de clima, a situação em outubro de 2014 não evoluiu tão favoravelmente. Na realidade, o indicador de clima estagnou com contributo negativo dos serviços e positivo da industria transformadora (em máximos desde agosto de 2008), comércio e construção.

Indicador de Clima - Outubro 2014
Indicador de Clima – Outubro 2014. Fonte: INE

“(…) O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou nos últimos quatro meses, embora de forma ténue em outubro, fixando o máximo desde agosto de 2008. A evolução do indicador no mês de referência resultou do contributo positivo das opiniões sobre a procura global e das perspetivas de produção, sobretudo no segundo caso, uma vez que as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados contribuíram negativamente.

O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas recuperou em outubro, devido o aumento do saldo das opiniões sobre a carteira de encomendas e das perspetivas de emprego, mais expressivo no primeiro caso.

O indicador de confiança do Comércio aumentou ligeiramente no mês de referência, refletindo o contributo positivo das perspetivas de atividade e das apreciações sobre o volume de vendas, mais significativo no primeiro caso, tendo as opiniões sobre o volume de stocks contribuído negativamente.

O indicador de confiança dos Serviços diminuiu nos últimos dois meses, devido ao agravamento das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e sobre a atividade da empresa, uma vez que as perspetivas de evolução da procura recuperaram. (…)” in INE

 

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