A ler “A guerra dos sabe-se lá quantos anos” por João Pinto e Castro no Negócios.
” (…)” Que fazer? Sair do euro não é, por enquanto, uma opção atraente. Porém, as estimativas que há dois anos nos ameaçavam com uma quebra dos salários da ordem dos 30% em tal eventualidade estão em vias de ser ultrapassadas pela realidade – e ninguém nos garante que ficaremos por aqui.
Os povos da Europa estão hoje sujeitos a um processo de violência objectiva, fria, calculada, impessoal e anónima, conduzida por carrascos que não olham as vítimas nos olhos e contra os quais nada podem os usuais mecanismos de deliberação democrática. Sair do euro implica seguramente terríveis riscos, mas poderá chegar um tempo em que os encararemos como um mal menor. Para já, precisamos urgentemente de abandonar a ilusão de que, mais mês menos mês, despertaremos deste pesadelo.”