A contribuição de sustentabilidade incidirá sobre todos os pensionistas. No discurso do Primeiro-Ministro avançaram-se indicações genéricas pelo que não é evidente perceber em que termos se desenhará esta contribuição. Aparentemente substituirá a atual Contribuição Extraordinária de Solidariedade e, em tese, poderá vir a ser reduzida no futuro.
Eis o excerto do discurso do governo:
Finalmente, precisamos de equacionar a aplicação de uma contribuição de sustentabilidade sobre as pensões atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações e pela Segurança Social, com a garantia de salvaguarda das pensões de valor mais baixo. No entanto, queremos minimizar tanto quanto for possível esta contribuição. Para isso queremos associá-la ao andamento da nossa economia para que haja uma relação automática entre, por um lado, o crescimento económico e, por outro, a redução gradual e progressiva dessa mesma contribuição que terá como base a atual Contribuição Extraordinária de Solidariedade. Sabemos que esta medida pesaria sobre o rendimento disponível dos pensionistas, e por isso queremos que o crescimento económico em que estamos empenhados possa atenuar diretamente os sacrifícios que são pedidos aos pensionistas, desejavelmente até ao ponto em que ela possa desaparecer por completo. E também estamos a trabalhar para minimizar o impacto desta medida com a obtenção de poupanças sectoriais viáveis. Quanto mais longe for a reforma do Estado, mais conseguiremos reduzir esta contribuição. Infelizmente, o facto incontornável de os salários e as transferências sociais, incluindo as pensões, constituírem quase 70 por cento das despesas do Estado, força-nos a incidir nestas rubricas porque todas as restantes são comparativamente menos importantes quando se trata de reduzir despesa.
Acho bem desde que seja réplica do CES.
Mas há uma coisa que não percebo!?Como é que as pensões da CGA e CGP são despesa se todos os pensionistas(excepto os políticos reformados) e reformados descontaram toda a vida para um fundo de pensões? Ora se já entregaram(depositaram) o equivalente à pensão que recebem virem agora dizer que é despesa e que tem de ser cortada estão a fazer a mesma coisa que o Chipre fez aos depósitos bancários! Ou não?