Num dia rico em informação económica oriunda do INE, analisamos agora brevemente os dados do emprego/desemprego.
Taxa de desemprego nos 15,8%
O principal número de referência é a taxa de desemprego que está, no terceiro trimestre de 2012, nos 15,8%. Mas é também relevante sublinhar uma diferença significativa: o número de desempregados não está a aumentar na mesma dimensão a que se destroem postos de trabalho.
De facto, face a igual trimestre de 2011 desapareceram 197,4 mil empregos mas surgiram apenas 181,1 mil novos desempregados. Ou seja, houve 16,3 mil empregos que desapareceram sem que terem dado lugar a novos desempregados, (em termos líquidos). Há naturalmente várias explicações para esta realidade como seja a saída da população ativa (para a reforma, inatividade) ou então a saída do país por via da emigração.
O INE no seu documento sobre o inquérito ao emprego apresenta habitualmente uma matriz de fluxos de transferência que permite aferir boa parte da dinâmica existente ainda que nada revele sobre a emigração.
Mais uma vez se sublinha que, além de olhar para a taxa de desemprego oficial é relevante observar o contingente de desempregados e de inativos (em idade ativa) bem como analisar o que se está a passar em termos de empregos disponíveis.
Combinando todas as análises, o cenário não é, de todo, animador.
Destaque-se, por exemplo, que dos 870,9 mil desemrpegados oficiais, 483,9 mil eram desempregados de longa duração, ou seja, procuram emprego há 12 ou mais meses; 55,6% do total.