Falta de higiene de médicos e enfermeiros portugueses pode justificar média de infeções 4 vezes acima do padrão europeu

Dois sublinhados de uma peça do Diário de Notícias, “Infeções hospitalares estão a aumentar“:

1º: “(…) Um estudo realizado em 28 países europeus, divulgado em setembro pela Direcção-Geral da Saúde, detetou uma taxa de 11 por cento de infeções em doentes internados em hospitais portugueses, muita acima da média total, que se ficou pelos 2,6 por cento (…)”

2º: “(…) Os dados disponíveis sobre as infeções provocadas por agentes resistentes demonstram que 30% a 40% são resultado da colonização e infeção cruzada, tendo como veículo principal as mãos dos profissionais de saúde  (…)”

O primeiro facto é assustador pois a probabilidade de contrair uma infeção hospitalar em Portugal é mais de quatro vezes superior à que se encontra como padrão no conjunto dos 28 países estudados. O segundo sublinhado não é menos perturbador, pois indicia que uma mais adequada higiene dos profissionais de saúde, nomeadamente lavando as mãos de forma mais regular e sistemática, parece ter potencial para reduzir drasticamente o número de infeções hospitalares. É das mãos de médicos e enfermeiros que vem o maior risco singular de contrair infeções dentro de um hospital.

Uma última achega: qual seria a redução de custos financeiros e sofrimento humano que se conseguiria obter com uma convergência para os valores médios de infeções hospitalares que existem entre a maioria dos nosso vizinhos europeus? E tudo, muito provavelmente, à conta de um ligeiro aumento da fatura com material antissético.

 Ao cuidado do Ministro da Saúde e dos senhores doutores.

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