A taxa euribor, indexante usada em Portugal na grande maioria dos créditos bancários continua a registar mínimos históricos nos seus vários prazos e a expectativa de curto e me´dio prazo é que o cenário de baixas taxas de juro se mantenha.
No final do mês de julho de 2012 a euribor a 3 meses fixou-se nos 0,389%. A euribor a seis meses está nos 0,671% e a 12 meses nos 0,946%.
A taxa de refinanciamento bancário estabelecida pelo BCE desceu recentemente para os 0,75% e é possível que venha ainda a sofrer nova descida até final do ano em virtude de vários países da zona euro estarem em recessão e de, tal como hoje se confirmou via eurostat, não existirem pressões inflacionistas na zona euro.
Para quem contraiu empréstimos há pelo menos dois anos (em particular crédito à habitação) é bem provável que o custo com o spread bancário se aproxime ou seja mesmo superior que o proveniente do próprio indexante.
Em compensação, os spreads cobrados para novos créditos são agora várias vezes superiores ao indexante, recomendando-se extrema cautela para quem pense em contrair dívidas dado que, a euribor atualmente muito baixa, pode criar uma falsa ilusão de comportabilidade num crédito que, a médio prazo, (com a possibilidade da euribor regressar a valores do passado de 5% ou mais) se pode provar ruinoso.