Vale a pena ler na íntegra o editorial de ontem do Negócios, “O Estado somos nós, mas é deles“. Um excerto:
“(…) Os dirigentes da Função Pública, como os gestores das empresas públicas, são os responsáveis do que lá corre bem e mal. É nas chefias que está alojado o problema. Ao partidarizar este nível hierárquico, os partidos do Bloco Central ceifaram-no. A Administração Pública está cheia de chefes incompetentes, sustentados por um partido e removidos pelo outro. E isso mina a motivação e empenho dos chefiados: para quê ser competente se o critério é o cartão do partido?
Não são todos maus, mas tornou-se necessário dizer que há excepções no que devia ser a regra. Nos últimos anos, o fenómeno piorou. Quem pôde sair saiu. Muitos reformaram-se. E assim a competência técnica foi-se esvaindo, desonrando o cargo de director-geral e descapitalizando a qualidade dos serviços. Veja-se a área financeira: diz-se que o Estado tem gente a mais mas Carlos Moedas, para fazer a equipa que vai trabalhar com a troika, tem de recrutar no privado. A Direcção-geral do Orçamento, o INE e a Administração Fiscal estão com falta de gente. (…)”
O Estado está repleto de imbecis com cartão partidário. Devia começar a fazer-se uma limpeza de cima a baixo. De seguida todos os lugares necessários deveriam ser preenchidos com gente sujeita a concurso público e com currículo, que se ajustasse ao cargo, independentemente da cor partidária. Os quadros intermédios podiam ser reduzidos em 2/3. Eles atropelam-se. Fala-se muito na avaliação dos professores. Para quando a avaliação de todo aquele que trabalha para o Estado?
Porque é que o funcionário público não está sujeito a despedimento, como qualquer outro empregado do privado’ Agora que se fala na extinção de muitos organismos, PORQUE DESNECESSÁRIOS, qual a razão porque o funcionário público não está sujeito às mesmas condições do PRIVADO???