Recomendamos vivamente a leitura do artigo “O mito japones” de Daniel Gros hoje publicado no Jornal de Negócios que sublinha a relevância de corrigir comparações internacionais atendendo à evolução demográfica e às flutuações na população activa.
Um excerto:
“(…) Podem-se tirar duas lições desta consideração sobre a influência dos factores demográficos no crescimento económico. Primeiro, a ideia da “década perdida”, ao estilo japonês, é errada – mesmo quando aplicada ao próprio Japão. O crescimento lento deste país ao longo da última década deveu-se a uma tendência demográfica desfavorável e não a políticas macroeconómicas agressivas.
Depois, um maior abrandamento das taxas de crescimento dos países desenvolvidos parece inevitável, tendo em conta que até nas nações com maior dinâmica o crescimento da população activa está em queda. Nos países menos dinâmicos, como o Japão, a Alemanha ou a Itália, uma quase-estagnação parece um facto ao qual não podem fugir. “
Já agora, de memória, nós por cá estamos mais ou menos como a Alemanha em termos de perspectivas para o contingente relativo da população activa na população total, nos próximos anos.