A vinda do FMI significa que as minhas poupanças estão em maior risco?

NÃO! Antes pelo contrário. A vinda do FMI e do resto da troika significa que estamos em vias de obter uma solução para a falta iminente de dinheiro. Eles estão a pensar emprestar-nos o dinheiro que deixámos de conseguir pedir ao estrangeiro pelas vias habituais (os mercados) e como tal, significa que o risco de colapso do sistema financeiro e do Estado é agora muito MENOR do que antes de o FMI vir. Por isso se tem medo pelas suas poupanças fique sabendo que deve ter agora menos medo do que antes de a troika ter chegado e não o contrário.

Quer isso dizer que as minhas poupanças estão inteiramente seguras? Não, nenhumas poupanças de ninguém em lugar algum do mundo estão inteiramente seguras.  Vamos calmamente avaliando a situação, há vários países que estão pior do que Portugal onde ninguém, até ao momento, perdeu as suas poupanças. A única excepção foi a Islândia, que teve uma crise muito diferente da nossa em que todos os bancos colapsaram e mesmo assim, para o nacionais, ainda se arranjou maneira de garantir metade das poupanças. Estamos muitíssimo longe desse cenário.

Poupe, amortize as dívidas e tenha mais medo da crise económica e da recessão que aí vem, não se preocupa excessivamente com problemas que, de facto, são agora menores do que há algumas semanas.

Se dorme mais descansado fazendo alguma coisa, então opte por repartir a sua poupança por vários bancos, tenha algum dinheiro em numerário e, como disse, aforre menos e amortize dívidas se as tiver, particularmente se estiver a pagar um juro bem mais alto do que aquele que obtém pelas suas aplicações de poupança (compare taxas líquidas).

A iliteracia financeira é bom pasto para a desinformação e para a manipulação por parte de pessoas mal intencionadas, tenha calma e, claro, esteja atento às notícias. Bons negócios!

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