Há ciclos de vida que são alheios à conjuntura de momento pelo que há sempre um conjunto de pessoas que vê chegada a hora de comprar casa, particularmente num país que ainda não tem um mercado de arrendamento equilibrado e inteiramente funcional. Com tantas notícias nos jornais a falar de limitações no acesso ao crédito e de aumento do preço do dinheiro que se pede emprestado que se perspectiva para os próximos anos, ir ao banco pedir dinheiro e contrair um empréstimo pode ser uma actividade a justificar ansiedade acrescida.
Mas simplifiquemos, se está nessa situação não se abandone a fatalismos, procure a melhor opção, pondere devidamente as necessidades de financiamento e a capacidade de cumprir e, claro, imagine um plano de contingência: se nem todo correr como planeado esteja sempre preparado para minimizar com rapidez as potenciais consequências de um azar. Essa rapidez de acção perante a adversidade pode ser a diferença entre um percalço pontual e uma crise séria e prolongada no orçamento e viabilidade económica familiar.
Dito isto, as perguntas de sempre continuam a ter de ser respondidas: onde, com quem e em que condições conseguirei o melhor negócio. Quem me pede menos pelo dinheiro de que preciso e/ou me oferece uma relação de maior respeito e com maior transparência?
Temos acompanhado este mercado fazendo algumas inquirições juntos de instituições financeiras e verificámos que o artigo desta semana publicado no Jornal de Negócios é consistente com os casos que também validamos (ver aqui).
Como o Negócios aborda mais situações (foi a mais bancos) resolvemos recomendar aos nossos leitores que passem por lá em busca de boas pistas. Desde logo sublinhamos que é na banca não nacional a operar por cá que neste momento se encontram (com grande vantagens) os melhores spreads.
CaixaGalicia para socios Deco não é melhor?
Poderá não ser. Depende do que outros bancos (como o Deutsche) exigirem de produtos adicionais e, dependerá da relação financiamento/garantia e da própria forma como conta pagar a dívida ao longo do tempo. Em muitos casos o que é exigido depende da análise do perfil do cliente e não corresponde à tabela. (quanto ganha, que fontes de rendimento tem, hábitos de poupança comprovados, etc).
Eu diria que o protocolo é bom, mas não dispensa consulta adicional e comparação com alguns destes bancos. Não é garantido que seja sempre o melhor negócio.
Se estiver a pensar fazer amortizações extraordinárias do capital regulares, o protocolo com a caixa Galícia ganha uns pontos extra pois estas amortizações não implicam cobrança de 0,5% do montante amortizado.
O que parece garantido é que se tem o protocolo como opção não faz muito sentido ir aos grandes bancos nacionais pois não estão a oferecer propostas minimamentes concorrenciais.