Com o artigo “Leaf da Nissan: cento e cinquenta anos depois, de novo um motor eléctrico num automóvel” começámos acompanhar a evolução das ofertas que irão surgindo no mercado associadas a uma progressiva substituição do consumo directo de combustíveis fósseis nos automóveis por alternativas ou sistema complementares de energia. Em finais de Maio fizemos o destaque ao Opel Ampera no artigo “Ampera: 60 km a electricidade mais 500km a combustível fóssil“. Um excerto do que escrevemos então:
“(…) O Ampera, segundo a OPEL, terá uma autonomia de 60 km em que bastará o motor eléctico recarregável (demora 3 horas a recarregar em tomada de 220v) mas resolve-se a ansiedade da potencial falta de autonomia com a acoplagem de um motor clássico de combustão interna que permitirá, por exemplo, assegurar viagens de longo curso sem necessidade de recarregar as baterias. Com este motor a combústivel fóssil a autonomia é incrementada em cerca de 500 km. (…)”
Hoje voltamos à carga porque finalmente se conhecem alguns detalhes comerciais do veículo que competirá pelo que se espera novo mercado de veículos hibridos. A principal novidade é o preço de referência: a partir dos 43 mil euros (incluindo bateria). A outra é o início da comercialização: a Opel vai abrir a carteira de encomendas em Janeiro de 2011. As entregas essas deverão começar dentro de cerca de um ano. Ou seja, muito provavelmente já depois de alguns outros concorrentes se terem instalado.
O comunicado da marca sublinha os seguintes aspectos:
- “Automóvel familiar da Opel oferece 40 a 80 km de mobilidade eléctrica;
- Bateria recarrega em três horas; utilização permanente com propulsão eléctrica é possível;
- Autonomia estende-se para mais de 500 km quando necessário;
- Carroçaria de cinco portas e quatro lugares, com bagageira volumosa;
- Encomendas podem começar a ser feitas em Portugal a partir de Janeiro.”
E faz um sublinhado sobre a concorrência que também já nos tinha ocorrido:
“(…) No mercado, algumas marcas que anunciaram a comercialização de veículos eléctricos optaram por dividir as suas ofertas em duas partes: um preço-base para o veículo e uma renda de leasing para a bateria. Este facto torna o preço de aquisição mais apelativo visto que a bateria não está incluída. No entanto, o período de pagamento da renda mensal prolonga-se por vários anos, levando o custo total até ao nível do de um automóvel cujo preço reflecte o conjunto. A política de preços da Opel elimina qualquer confusão ao atribuir ao Ampera o preço total do automóvel e da bateria. A marca alemã está também a desenvolver estudos que lhe vão permitir avaliar com exactidão quais as preferências de potenciais clientes face a diferentes opções de financiamento. A oferta destas opções será anunciada em devido tempo.(…)”