Leaf da Nissan: cento e cinquenta anos depois, de novo um motor eléctrico num automóvel

Não foi há muito tempo – ignorância minha! – que fiquei a saber que nas origens da indústria automóvel esteve em cima da mesa a hipótese de o carro ser movido a motor eléctrico*.

 A história como sabemos levou a que a escolha decisiva recaísse sobre o motor de combustão. Anuncia-se agora para dezembro de 2010 a chegada ao mercado português do primeiro carro integralmente eléctrico de produção em massa, o Leaf da Nissan. Mas anunciam-se também para os próximos anos concorrentes à altura que, ora apostarão num reforço da componente eléctrica em detrimento da de combustão interna (como fará a Toyota com o novo Prius que surgirá com bateria recarregável via tomada), ou uma oferta 100% eléctrica que procurará iniciar aquela que se espera seja o início de uma história de superação e sofisticação crescente entre fabricantes de automóvel.

Veremos como ficará, por exemplo, o Volt da Chevrolet na imagem, esperado para finais de 2010, inícios de 2011 . Será com curiosidade que acompanharemos os próximos tempos. Para já, os holofotes estão direccionados para a Nissan, aquele que deverá ser o primeiro a chegar-se à frente.

* Veja-se a este propósito o sítio Carros Eléctricos de onde destaco em particular estes parágrafos da História dos Carros Eléctricos (o sítio referido foi removido):

” (…) Justamente antes de 1900, antes da preeminência dos motores de combustão interna, os automóveis eléctricos foram detentores de muitos recordes de velocidade e distância. Um dos mais notáveis registos foi a quebra da barreira de velocidade dos 100 km/h, por Camille Jenatzy, no dia 29 de Abril de 1899, no seu veículo em forma de foguete, Jamais Contente, que conseguiu uma velocidade máxima de 105.88 km/h.
O declínio do veículo eléctrico foi ocasionado por vários acontecimentos: a descoberta de grandes reservas de petróleo fez baixar os preços da gasolina, tornando-a acessível ao consumidor médio. A produção em massa de carros com motor de combustão interna, iniciada por Henry Ford, tornou esses veículos largamente disponíveis e acessíveis. Em contraste, o preço dos carros eléctricos, produzidos de forma menos eficiente, continuou a subir.

No entanto, os carros eléctricos mantiveram a sua popularidade para algumas aplicações em que a autonomia limitada não é um problema. As empilhadoras iniciais apresentadas por Yale em 1923 eram movidas a electricidade e muitas empilhadoras eléctricas ainda se encontram em produção. De igual modo, carros de golfe eléctricos são bastante comuns e estão disponíveis desde que Lektra os introduziu em 1954. A sua popularidade levou a que fossem também usados como transportes dentro de vizinhanças. (…)”

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