A oferta de automóveis com motores eléctricos disponíveis no mercado daqui a menos de um ano, promete ser interessante. Depois de já aqui termos feito um ponto da situação há poucas semanas (em “Leaf da Nissan: cento e cinquenta anos depois, de novo um motor eléctrico num automóvel“) hoje é a Opel que apresenta o seu argumento ao público, prespectivando-se que esteja em venda no início de 2011. Segundo lemos na imprensa (apesar do logro de alguns títulos infelizes), a aposta da Opel, o Ampera, é hibrida, mais próxima do que já foi divulgado pela Toyota para o novo Prius, ainda que oferecendo maior autonomia.
O Ampera, segundo a OPEL, terá uma autonomia de 60 km em que bastará o motor eléctrico recarregável (demora 3 horas a recarregar em tomada de 220v) mas resolve-se a ansiedade da potencial falta de autonomia com a acoplagem de um motor clássico de combustão interna que permitirá, por exemplo, assegurar viagens de longo curso sem necessidade de recarregar as baterias. Com este motor a combústivel fóssil a autonomia é incrementada em cerca de 500 km.
Não há ainda indicação de preço, mas as características técnicas (veja o artigo no Expresso, por exemplo) permitem antever que enquanto não surge uma solução puramente eléctrica, a preços de massificação, com autonomia próxima da dos veículso convencionais actuais, este tipo de solução hibrida em que o motor eléctrico pode bastar na utilização citadia normal deverá ser um caso sério quando a maioria dos leitores pensar em comprar o seu próximo automóvel.
Sendo leigo na matéria, creio que a electricidade (nos moldes actuais) não é uma alternativa válida ao combustível fóssil. A tecnologia das baterias não está suficientemente desenvolvida para permitir uma utilização de um automóvel eléctrico em viagens de longo curso. Para já, é algo a pensar se só andarmos em cidade, em trajectos curtos-médios. Já há scooters eléctricas com autonomias de 200 Km.
Fazendo uma “teoria da conspiração”, acho que se o Homem quisesse, inventava um automóvel em que a própria locomoção carregava as baterias e não somente nas travagens. Deste modo, o veículo (quase) não precisaria de voltar a carregar. Se neste momento há alternadores que carregam a bateria, que alimenta vários componentes eléctricos do veículo comum, porque não criam alternadores para carregar as baterias dos carros eléctricos? Haverá algum interesse oculto por parte das companhias petrolíferas?
Eu creio que sim e enquanto não existir legislação que incentive mais a utilização de veículos não-poluentes, vamos viver neste sistema durante muitas décadas, enquanto houver petróleo e enquanto este der muito dinheiro.
Uma hipótese para ajudar o carregamento das baterias seria o vento provocado pela velocidade do carro, ou seja com a colocação de duas ou eventualmente mais, sobre o tejadilho do carro. Enquanto o dinheiro mandar, esquecem-se as alterações climáticas …