Quais são os Escalões IRS 2010?
ACTUALIZAÇÃO (21 DE MAIO DE 2010): Conhecidos que são os termos do aumento de impostos, nomeadamente do IRS, actualizamos as tabelas abaixo indicadas num novo artigo: “Novos escalões de IRS 2010 (após aumento de impostos)“. Entretanto se pretende consultar as tabela de retenção na fonte oficiais que entraram em vigor em 21 de Maio de 2010 poderá aceder aqui:”Tabelas de retenção na fonte de IRS 2010 oficiais, com aumento do imposto incluido“
ADENDA: Note-se que com o aumento de impostos anunciado a 13 de Maio de 2010, as tabelas de retenção na fonte mensais que vierem a ser publicadas reflectirão implicitamente um conjunto de escalões já inflacionado pelos aumentos de impostos estabelecidos. Assim que forem publicadas as referidas tabelas contamos dar delas notícia.
Escalões IRS 2010
Se não houver alterações nesta área da propostas de Orçamento de Estado para 2010 estes serão os escalões de IRS de acordo com o rendimento colectável para os rendimentos recebidos ao longo de 2010:
- 1º Escalão: Até 4 793 euros;
- 2º Escalão: De 4 793 até 7 250 euros;
- 3º Escalão: De 7 250 até 17 979 euros;
- 4º Escalão: De 17 979 euros até 41 349 euros;
- 5º Escalão: De 41 349 até 59 926 euros;
- 6º Escalão: De 59 926 até 64 623 euros;
- 7º Escalão: Superior a 64 623 euros.
Segundo as últimas notícias relativas ao PEC, será criado um escalão adicional para rendimentos colectáveis acima dos 150 mil euros e que terá uma taxa de imposto de 45% (abrangerá uma ínfima quantidade de portugueses e terá seguramente um impacto pouco mais do que simbólico). Resta saber se entrará em vigor com efeitos sobre os rendimentos de 2010 ou de 2011. Entretanto, o Negócios já procurou responder à pergunta “Quanto vai pagar a mais com o corte nos benefícios fiscais no IRS?” – contem dados indicados pelo Ministério das Finanças.
Para mais informação sobre escalões do IRS deste e de outros anos (mais recentes logo que disponível) clique aqui: Escalões do IRS.
Afinal a “outra senhora” tinha razão! Sempre teve!
Considero-me um “leigo” em finanças pois não tenho formação superior neste tema. Contudo, até eu previa que o Governo não iria atingir as metas a que se propunha para 2010 – a de redução do Défice para 8,3 %. Este “Plano de Decepção” para fazer passar a ideia de que estas medidas adicionais são para que o défice diminua para 7,3% não passa disso mesmo, uma manobra de quem, mais uma vez, demonstrou arrogância e autismo em não acreditar no que os experientes em finanças vinham alertando . A pergunta chave é: Sem estas medidas o Estado atingiría os 8,3%? Claro que não! As razões são várias e a primeira das quais é porque há muitos anos que os governantes não respeitam o dinheiro pois, muitos deles nunca trabalharam a não ser como políticos. Em suma, grande parte desta classe não sabe o que é chegar ao final do mês e ter que viver com o produto do seu trabalho.
É com muita tristeza que prevejo que, mesmo estas medidas não levem a lado nenhum. E para justificar este meu péssimismo ou realismo dou o seguinte exemplo que se pratica por muitos Portugueses que, há muitos anos, se habituaram a viver com dinheiro que não têm: “Uma família pretende comprar um carro e não tem economias. Como não tem economias compra um carro de 10.000,00€ pedindo 10.000,00€ à banca”. “Outra família pretende comprar um carro e tem 10.000,00€ de economias. Como tem economias compra um carro de 20.000,00€ pedindo 10.000,00€ à banca. ” Moral da história: O portugues tem sempre que pedir emprestado pois o carro entre outras coisas são o seu cartão de visita. Vivem para mostrar! O governo sendo português é exactamente igual. Ou seja, memo com estas medidas nada faz prevêr que o Estado seja comedido a gastar. Com toda a certeza não vai sê-lo. Aina não percebeu que os ricos são ricos pois não desperdiçam.
Termino com mais uma “Histórinha”: “Uma famíla, que ganha bem, tem 7 filhos e dois têm graves problemas de saúde. O salário, apesar de bom, é em grande parte canalizado para resolver os problemas de saúde dos dois filhos doentes impedindo esta família de criar riqueza”. Moral da história: se pensármos que a família é a Europa, os dois filhos doentes podem bem ser Portugal e Grécia que neste momento, a par de Espanha impedem a Europa de criar riqueza. Com isto só podemos esperar uma coisa: o fim do Euro a curto e médio prazo. Como se pode falar em perda de soberania quando se fala na Comissão Europeia a controlar os orçamentos dos países? Perda de soberania não é também, ou ainda mais, ter o país hipotecado? É, e muito mais grave!