Síntese de Conjuntura Económica do 4º Trimestre 2007. Crescimento em desaceleração na recta final do ano informa o INE…
“A actividade económica no quarto trimestre desenvolveu-se a um ritmo semelhante ao do trimestre anterior. Esta indicação é extraída dos indicadores de clima e de actividade económica, se bem que na generalidade dos indicadores quantitativos sobre os principais sectores de actividade se observe alguma desaceleração no quarto trimestre.
O conjunto de informação disponível aponta ainda para que o patamar de crescimento no segundo semestre tenha sido superior ao que se verificou na primeira metade do ano de 2006. A única excepção a este comportamento continua a ser o sector de construção e obras públicas, cuja evolução se agravou entre o primeiro e o segundo semestre, embora possa ter ocorrido uma evolução menos desfavorável entre o terceiro e o quarto trimestre.
O ritmo de crescimento da actividade foi sustentado pela procura externa em termos líquidos, enquanto a procura interna deverá ter recuado face ao comportamento positivo alcançado no terceiro trimestre.
O consumo privado deverá ter desacelerado e o investimento terá voltado a evoluir de forma mais negativa. Por outro lado, o dinamismo das exportações deve ser realçado, estimando-se que o crescimento em valor das exportações tenha superado o andamento do indicador de procura externa, por uma ordem de grandeza semelhante à que se verificou no terceiro trimestre.
No lado do mercado de trabalho não se mantiveram os sinais claramente positivos evidenciados no trimestre anterior, tendo ocorrido um menor crescimento do emprego e um aumento do desemprego, a que correspondeu um agravamento da taxa de desemprego em termos homólogos, quando no terceiro trimestre já se verificara uma diminuição. A informação proveniente dos centros de emprego não contraria esta avaliação do trimestre, nem tão pouco as expectativas das empresas sobre a criação de emprego, porém para Janeiro já revela um cenário mais favorável. (…)”
Mais detalhes aqui (3 páginas) e aqui (18 páginas), no INE.
Quando a aposta é nas exportações, quando o mercado interno não importa na estratégia adoptada e quando a mensagem que se dá ao mercado é a de uma competitividade baseada em salários baixos, é no que dá. Talvez venha algum ministro a reeditar o “isto não é um momento, é uma tendência” de Vieira da Silva.
Será que as Contas Nacionais Trimestrais vão na mesma onda e apontam um crescimento da actividade no 4º trimestre semelhante ao trimestre anterior, ou mesmo uma desacelaração, face aos dados quantitativos? Esperar para ver!!! (eu acho que não vai ser assim 🙂
É verdade que as exportações têm sido galopantes, mas dá-me claramente a sensação que estamos perante factos sazonais (preço do petróleo, mercados em expansão: Alemanha, Espanha, China ou mesmo Angola. Podendo não ser um fenómeno mais consistente, nomeadamente devido a um aumento da nossa competitividade.
Como faltam 15 dias para a divulgação do crescimento do 4º trimestre podemos começar já a especular os números 🙂
É esperar por dia 9 às 15 horas 🙂