Há 7 anos e meio que os consumidores não estavam tão otimistas

O indicador de confiança dos consumidores é claro: há 7 anos e meio que os consumidores não estavam tão otimistas. É certo que se trata de uma medida relativa, ou seja, ainda são em maior números os pessimistas face aos otimistas, mas é também verdade que desde janeiro de 2007 que não havia uma apreciação tão positiva (ou menos negativa) por parte dos consumidores portugueses, em particular em termos de perspetivas para os próximos meses.  O indicador de clima (que agrega os indicadores de confiança aos vários sectores empresariais dá igualmente sinais sólidos de recuperação de confiança, mantendo a tendência de recuperação dos últimos meses e aproximando-se da média histórica que, ameaça ultrapassar em breve. Contudo, a situação já não resulta de um alinhamento generalizado em todos os setores de atividade como chegou a suceder em alguns meses do último ano. Entre os empresários da indústria transformadora e do comércio os níveis de confiança degradaram-se em julho tendo sido mais do que compensados pelas opiniões do empresário dos serviços, da construção e obras públicas. Veremos o que nos reservam os próximos meses. Reproduzimos de seguida o resumo da publicação do INE:

“O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu no mês de referência, mantendo o perfil negativo observado desde abril, em resultado do contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados, mais significativo no primeiro caso, uma vez que opiniões sobre a procura global contribuíram positivamente. O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou em julho, prolongando o movimento ascendente apresentado desde agosto de 2012 e atingindo o máximo desde novembro de 2010. A evolução deste indicador no mês de referência refletiu a recuperação das opiniões sobre a carteira de encomendas e das perspetivas de emprego. O indicador de confiança do Comércio diminuiu ligeiramente no último mês, devido ao contributo negativo das opiniões sobre o volume de stocks e das perspetivas de atividade, mais expressivo no primeiro caso, tendo as apreciações sobre o volume de vendas contribuído em sentido contrário.
O indicador de confiança dos Serviços aumentou significativamente em julho, prolongando o acentuado perfil ascendente observado desde o final de 2012 e fixando o máximo desde julho de 2008. No mês de referência, verificou-se uma recuperação em todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas de evolução da procura, mais expressiva no primeiro caso.”

 

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