iPhone e iEstrategia

Desde a sua fundação que a Apple tem vindo a influenciar significativamente a indústria dos computadores pessoais, primeiro, e mais recentemente a indústria musical. Terá chegado a vez de o iPhone revolucionar a indústria das chamadas móveis?

Na slate argumenta-se que não, ainda não. Afinal de contas a Apple está nisto com a velha e nada simpática AT&T, os clientes são por ora forçados a um contracto de dois anos com a empresa e o iPhone coloca diversas outras restrições ao uso do telemóvel. Algo normal atendendo às políticas restritivas dos operadores para evitar perda de receitas, mas que seria de esperar que a Apple contornasse, ou não fosse o iPhone também um mini-computador.

É a longo prazo que a estratégia da Apple poderá ser revolucionária:

1. Escolha de uma indústria cujos mecanismos de mercado são extremamente ineficientes.
2. Alteração do equilíbrio no ecossistema com um produto que os consumidores desejam.
3. Alterando desta forma o equilíbrio de forças em favor do iPhone e da apple.
4. Usar o novo poder no mercado para redesenhar nova cadeia de valor, mais eficiente.

Foi esta a estratégia da apple com o iPod. Tal como o autor nota, nenhum operador aceitaria submeter-se aos ditames do iPhone se este pusesse directamente em causa o seu modelo de negócios. O iPhone foi até recusado por outros operadores, antes de a At&T aceitar vender o produto. Porém, uma vez aberta a caixa do iPhone não mais as operadoras poderão suster a procura.

7 comentários

  1. Poder-se-ia explicar em poucas palavras qual é a estratégia para o iPhone, e realmente, qual é a diferença para o Nokia N95, por exemplo.

  2. Continuo a achar que o grande erro da Apple foi associar-se a uma operadora e não vender de forma “livre” o iPhone deixando ao consumidor a opção da rede a usar. Claro que aqui estou a deixar de fora questões de “bastidores” como uma possível subsidiação da AT&T ao iPhone que permite baixar os preços.

    Mas um iPhone desbloqueado e com acesso à rede 3G (embora o ideal fosse 3,5G) seria um sucesso ainda maior. Vou continuar à espera do lançamento europeu para ver como a Apple vai-se movimentar num mercado mais competitivo e maduro.

    Abraço

  3. Mas como poderia a Apple vender em massa sem a colaboração das operadoras que controlam o mercado? A Verizon, que aparentemente tem o melhor serviço, recusou o acordo com a Apple.
    A apple poderia vender o telefone independentemente da AT&T mas isso não colocaria entraves às suas funcionalidades?

    O que o Umair escreveu não deve ser nada de novo para estas. Creio até que de uma certa forma que o iPhone constitui um dilema do prisioneiro para as operadoras.

  4. É assim: a melhor definição da estratégia e análise de produto ao iPhone foi feita pelo Ahonen em http://communities-dominate.blogs.com/brands/2007/06/crunching-numbe.html

    é assim… tanta coisa tanta coisa, e realmente o Nokia95 faz mais e melhor que o iPhone… 2 Mpixels de câmara? sem captura de vídeo? näo dá para trocar de bateria ou pör um cartäo de memória novo? Mais importante… SEM 3G?

    E fazem bicha para o comprar? Há gente muito estúpida…

    A estratégia de “1 operador apenas” näo consegue vingar na Europa… porque nem a Vodafone ou a Telefónica têm presença na maioria dos mercados-chave (em volume).

    Como diz o Ahonen: esperemos um ano (pelo menos) e com a retroalimentação dos clientes logo se verá se vale a pena comprar o Euro-iPhone…

    … ou se vai ser um produto de nicho, para bacocos manientos!

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