Categoria: Finanças Pessoais

Nesta categoria sobre finanças pessoais estão organizados diversos artigos com informação útil relevante para a gestão económica e financeira do dia a dia de um agregado familiar.

Guias práticos sobre como resolver problemas do dia a dia ou sobre como aumentar a literacia financeira do cidadão e a sua capacidade de lidar com desafios comuns de forma mais informada.

Acompanhamento de temas sensíveis ao nível da gestão do dinheiro, das obrigações e direitos financeiros e contributivos e de múltiplos tópicos relativos ao relacionamento com as instituições financeiras, com o Estado, o poder local, o senhorio, o arrendatário, os fornecedores e prestadores de serviços e com o mundo em geral.

Novidades legislativas com impacto nas famílias.

 

Você está condenado a ter de comprar um ‘smartphone’ (act. I)

Há poucos dia tentei substituir o meu segundo telemóvel por um outro similar (o outro que tenho é um smartphone), a motivação era meramente operacional, o primeiro, após longos anos de bom serviço avariou definitivamente. A tarefa revelou-se mais complexa do que esperava. Mais do que a restrição orçamental deparei com uma limitação de escolha face ao produto que pretendia: um telemóvel com características semelhantes ao defunto: teclado, chamadas, fotografias básicas, radio.

Entre o momento em que havia adquirido o agora moribundo aparelho e a actualidade, o mercado foi inundado de todo o tipo de touch phones uns mais smart que outros.

MassiveMov – micro financimento de projectos via redes sociais

O tema do social lending tem sido, há vários anos, muito caro aqui no Economia e Finanças e hoje com o anúncio da inauguração do MassiveMov (que se apresenta como a 1ª Plataforma de Crowdfunding – Financiamento Cooperativo de Portugal), voltamos ao tema, agora numa versão que merece uma outra expressão anglo-saxónica o Crowd Funding (ver artigo na wikipédia).

Banco de Portugal vigia depósitos a prazo

No dia em que se noticia que os “Bancos espanhóis prolongam “superdepósitos” e ignoram o Banco de Espanha”, recuperamos uma notícia recente sobre o Banco de Portugal na qual este indicava manter sobre vigilância as taxas de juro dos depósitos a prazo em vigor em Portugal e, em particular, aquelas cuja remuneração ultrapassasse os 3 pontos percentuais acima das euribor para o respectivo prazo.
Tomando por referência os valores médios da Euribor a 1, 3 e 12 meses relativas ao mês de Junho divulgadas pelo Banco de Portugal, verificamos que as taxas acima das quais a atenção do Banco de Portugal será maior terão de ultrapassar (TANB):

Casas em hasta pública com valor mínimo indexado à avaliação bancária

Segundo o Jornal de Negócios, em Espanha, o governo legislou recentemente sobre um conjunto de medidas de protecção às famílias que perdem a sua casa, nomeadamente, por entrarem em incumprimento quanto às suas obrigações de crédito. Entre as deliberações efectuadas, destaca-se o facto de, chegando-se à situação de se entregar a casa ao banco e de esta ir para hasta pública, o valor mínimo de licitação não poder ser inferior a 60% da avaliação bancária pré-existente. Nesta decisão é apresentada como uma forma de restringir as situações de abuso e de desvalorização excessiva dos imóveis. Note-se que em Espanha (e estamos em crer que também em Portugal) estão em curso processo judiciais no sentido de se decidir se a entrega da casa por conta da dívida por pagar é bastante para se considerar a dívida ao banco como saldada.

E se o Imposto Especial começar a ser cobrado já em Julho?

Eis alguns comentários avulsos e despretenciosos sobre o novo imposto especial. Comecemos por dizer que há ainda grande incerteza quanto aos detalhes do novo imposto especial. Apenas se sabe que será excepcional e num montante equivalente a metade da parte do subsídio de natal que supera o valor do salário mínimo nacional, ou seja, metade de tudo o que seja recebido acima dos 485€.
Mas será cobrado efectivamente em Novembro ou será repartido ao longo dos seis meses completos que restam até ao fim do ano? E como se processará no caso de rendimentos que não advenham do trabalho por conta de outrem mas que serão sujeitos ao imposto? Sublinhe-se que o imposto especial irá incidir sobre todos os rendimentos englobados no IRS o que inclui os rendimentos de trabalhadores independentes. Em todo o caso, nenhuma das soluções será perfeita.
Centremo-nos nos trabalhadores por conta de outrem.

Qual vai ser o valor a pagar para o imposto especial? (Revisto)

Em bom rigor o corte não será no subsídio de natal, será um imposto especial que será apurado como equivalente a 50% do valor do subsídio de Natal na parte em que este supere os 485€ a que corresponde o salário mínimo. Quando começará a ser cobrado? Será de uma vez e coincidindo com o mês de Novembro? Será repartido em parcelas até ao final do ano? Com as primeiras indicações (ainda não definitivas) avançadas pelo governo, o cálculo do imposto especial (ver “Oficial: subsídio de Natal cortado para metade acima do valor do salário mínimo”) deverá respeitar a seguinte fórmula:

Oficial: subsídio de Natal cortado para metade acima do valor do salário mínimo (act.III)

Já é oficial, vai ser criado um imposto especial, aplicável a todos os assalariados do país e trabalhadores independentes (rendimentos sujeitos a IRS) e será implementado (para já) apenas em 2011, equivalente a metade da parte do subsídio de natal que fique acima do Salário Mínimo Nacional em 2011 (485€). Não é claro como é que no caso dos trabalhadores independentes (que não auferem o subsído de natal) se fará a equivalência ou se determinará o imposto. Ou seja, se bem entendemos as declarações do Primeiro Ministro, um vencimento bruto de 1000€ será sujeito a um imposto de 50% sobre (1000€-485€) que equivalerá a 257,50€ de imposto.

Taxas de juro de depósitos a prazo do Banco Best

Continuamos a actualizar an ossa base de dados, desta feita incluindo os depósitos do Banco Best que reviu as remunerações para os prazos mais longos e o seu depósitos promocional a 3 meses para novos clientes que está agora nos 6% (TANB). A informação global para as taxas de juro da generalidade dos depósitos em vigor em Portugal continua disponível na página especializada sobre depósitos a prazo.
Consulte a última coluna do ficheiro Excel para ter uma ideia da data em que cada depósito foi manualmente consultado no respectivo sítio da instituição financeira a que diz respeito.

Economia paralela pode valer 33 mil milhões de euros em Portugal

Recorrentemente surgem estudos e declarações que referem a dimensão da economia paralela (boa parte dela não registada nas contas nacionais) em Portugal e noutros países. O mais recente exercício sobre o assunto deverá ser apresentado publicamente com detalhe nos próximos dias e terá sido encomendado pela Visa Europe e realizado por Friedrich Schneider, da Universidade de Linz na Áustria e pela A.T. Kearney. Segundo a Hipersuper, será apresentado no próximo dia 30 de Junho, em Lisboa, o estudo “Economia Paralela na Europa, 2010″ que revelará dados para 12 países, entre os quais Portugal. Sobre Portugal, em concreto avança-se desde já que:

” (…) Em Portugal, a economia paralela representa 33 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), um valor muito próximo da média dos países da União Europeia e do Sul da Europa, onde a economia paralela representa mais de 2 biliões, aproximadamente 20% da riqueza produzida na Europa.

Uso obrigatório de software certificado pelas finanças não garante redução da fraude fiscal

Na peça “Software para fuga ao Fisco lesa Estado em milhões” do Dinheiro Vivo além de se dar testemunho sobre a situação actual em termos de combate à fraude fiscal e das formas de contornar (ilegalmente) o sistema de controlo das finanças sublinha-se um aspecto que complica a acção das autoridade de inspecção (sejam elas do fisco ou da generalidade dos reguladores económicos) e que decore de um exigência legal: em Portugal a lei obrigar a que se proceda à notificação antecipada da entidade visada por uma inspecção, antes dessa inspecção se iniciar. Ou seja, o inspector só pode inspeccionar se avisar com antecedência que vai lá bater à porta…

O desdobrável do Memorando da Troika e a brochura

O Banco de Portugal tomou a iniciativa de preparar e disponibilizar um desdobrável de duas páginas com “as medidas de condicionalidade estrutural contidas no Memorando de Políticas Económicas e Financeiras (MEFP), as condições da assistência financeira e o cenário macroeconómico subjacente” bem como uma brochura de 32 páginas contendo a “descrição e prazo de implementação das medidas estruturais contidas no Memorando de Entendimento (MoU), com a Comissão Europeia, e no MEFP, com o FMI” a ainda “as condições da assistência financeira e o cenário macroeconómico subjacente até 2016.”

Investimento extra-comunitário de e para países da União Europeia em forte queda desde 2007

O conjunto dos 27 países da União Europeia investe cada vez menos capital no exterior e a redução desse investimento só é superada em ritmo pela “velocidade” a que se reduz o investimento externo nos países da União Europeia. Os dados de 2010 hoje divulgados pelo Eurostat confirmam esta tendência que vem ocorrendo desde 2007. Portugal terá sido um dos poucos países da União que, em 2010, registou um investimento directo estrangeiro positivo (considerando o resto do mundo sem União Europeia).