O défice público de 2022 em percentagem do PIB fixou-se em 0,4%. Este é o terceiro valor mais baixo desde, pelo menos, 1995.
Em 2022, o Estado gastou mais € 944,4 milhões do que arrecadou de receita. Este valor é dos mais baixos de sempre o que, com um forte crescimento o PIB nominal de 11,5% (PIB cresceu em 2022, 7,5 vezes mais depressa do que a dívida) levou a que este valor de défice se traduza em 0,4% do PIB, um valor que só foi mais baixo em 2019 (excedente de 0,1%) e em 2018 (défice de 0,3%).
Em 2021, o défice tinha sido de 2,9%. Recorde-se que o ano de 2022 contou ainda com várias medidas extraordinárias de apoio social e com a antecipação de encargos que tipicamente deveriam recair sobre o ano de 2023, como a antecipação de metade do valor da atualização à inflação das pensões, feita sob a forma de pagamento antecipado de meia pensão.
Ainda assim, o Estado ficou muito próximo de anular completamente o défice.
Dados oficiais do INE.
Dívida pública no melhor nível desde 2010
A evolução do défice agora confirmada oficialmente pelo INE, aliada a uma forte valorização a preços de mercado, do PIB nacional, revelaram-se contributos importantes para a redução muito expressiva do peso da dívida pública no PIB.
Segundo o INE, a dívida bruta das Administrações Públicas terá diminuído para 113,9% do PIB em 2022 (125,4% no ano anterior).
Défice inferior em €3.600 mil milhões face ao previsto no Orçamento do Estado de 2022
O défice previsto para 2022 e inscrito no Orçamento do Estado para 2022 era de 1,9%. O Estado terá assim tido um défice inferior ao orçamentado em cerca de €3,6 mil milhões, valor que corresponde a cerca de 1,5% do PIB português atual, a preços de mercado.
Face a 2021, a queda do défice foi de €5 271 milhões.
Metas para 2023 no défice e na dívida
As metas oficiais para o défice público em 2023 são de 0,9% (o que representará um aumento do défice, caso se confirme, mas ainda assim para aquele que seria o 4º valor mais baixo de sempre.
Quanto à dívida pública bruta, a meta é que esta desça para 110,8% do PIB.
Parabéns Medina, a tua caravana passa, deixa lá os cães ladrar