O INE revelou informação trimesntral sobre as rendas de habitação no final de 2021. Numa frase, constata-se que aumentou o número de novos contratos celebrados (+6,2%) bem como o valor mediano desses 23.394 novos contratos (+8,3%), isto face ao trimestre homólogo, o último de 2020.
A renda mediana de novos contratos de arrendamento de habitação de alojamentos familiares em Portugal, fixou-se nos 6,25 €/m2 no 4º trimestre de 2021.
Recorde-se que a mediana divide a população em dois, ou seja, metade dos novos contratos (11.697 contratos) teve uma renda inferior a 6,25 €/m2 enquanto que a outra metade teve um valor de renda superior.
As diferenças regionais continuam expressivas, como destaca o INE:
“Face ao 4º trimestre de 2020, a renda mediana aumentou em 21 das 25 sub-regiões NUTS III, salientando-se com os maiores crescimentos a sub-região Região Autónoma dos Açores (+12,6%), Beira Baixa (+12,5%) e Alentejo Litoral (+10,1%). As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (9,20 €/m2), Algarve (7,07 €/m2), Área Metropolitana do Porto (6,84 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,70 €/m2).
No 4º trimestre de 2021, verificou-se um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (22 municípios no trimestre anterior). Os municípios com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados – Lisboa (11,54 €/m2) Cascais (11,29 €/m2), Oeiras (10,21 €/m2) e Porto (9,15 €/m2) – registaram um crescimento homólogo do valor das rendas inferior ao do país (+3,9%, +7,8%, +5,5% e +7,5%, respetivamente).
INE, Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local, 4º Trimestre de 2021
Rendas de Habitação nos concelhos com mais de 100 mil habitantes
O INE aprofundou a análise ao nível de concelhos e freguesias mas, neste caso, tendo por referência o ano completo terminado no final do 2º trimestre de 2021.
Entre os concelhos com mais de 100 mil habitantes, o Funchal destaca-se por ter sido aquele que, face ao período homólogo, registou a maior taxa de crescimento das rendas de novos contratos, a rondar um aumento de 16%, quase o dobro da mediana nacional (8,3%).
Pelo contrário, Guimarães, Amadora e Lisboa, foram os concelhos acima de 100 mil habbitantes onde o crescimentos do valor das rendas foi mais modesto, ainda assim, rondou os 4%.
Lisboa destaca-se por ser, com Cascais muito próximo, o concelho com mais de 100 mil habitantes onde é mais caro arrendar uma habitação.
Em Lisboa, o custo por metro quadrado nos novos contratos era no final de 2021 de €11,24 (€10,95 em Cascais e €8,85 no Porto) sendo que, dentro do concelho de Lisboa, os valores oscilam entre um mínimo de €8,59 na freguesia de Santa Clara e um máximo de €13,33 na freguesia de Santo António.
115 concelho do país sem qualquer novo contrato de arrendamento
Segundo os dados do INE, os 87.349 celebrado ao longo do ano terminado no 2º trimestre de 2021 (só mais adiante o INE fechará os dados definitivos de 2021) foram celebrados em 193 municípios do país tendo existindo um total de 115 concelhos onde não se registou qualquer novo contrato de arrenadamento ao longo de todo o ano.
Predominam nesta lista os concelhos mais distantes do litoral.