Depois de cinco meses anteriores de queda, maio de 2019 é já o segundo mês de melhoria do indicador de confiança dos consumidores portugueses. Por outro lado, ao nível do indicador de clima que agrega a informação sobre a confiança de vários sectores económicos, os últimos meses trouxeram ligeiras quedas do nível de confiança, ainda assim insuficientes para determinar uma tendência clara ou expressiva (ver gráfico anexo produzido pelo INE).
O maior otimismo dos consumidores advém da melhoria das suas apreciações relativamente a perspetivas relativas à evolução da realização de compras importantes, do saldo das opiniões e das expetativas sobre a situação financeira do agregado familiar. Das quatro perguntas que determinam o indicador de confiança apenas a que se refere às perspetivas de evolução da situação económica do país nos próximos 12 meses se degradaram.
Quanto ao detalhe do indicador de clima salienta-se que o setor dos serviços continua a apresentar uma melhoria dos níveis de confiança mas este era, em maio de 2019, o único a registar uma melhoria.
Eis o que o INE escreveu no resumo da sua síntese de conjuntura, sobre cada um dos setores. Pode encontrar mais detalhes e gráficos na publicação do INE, além de uma nota sobre o novo indicador de clima económico que se revela na referida publicação e que substitui o anterior, distinguindo-se por passar a considerar dados corrigidos de sazonalidade, o que não acontecia até aqui.
Resumo da Conjuntura Maio de 2019 (INE):
O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu entre janeiro e maio, prolongando o movimento descendente iniciado em janeiro de 2018. Nos últimos três meses, o comportamento do indicador resultou do contributo negativo de todas as componentes, apreciações sobre a procura global, opiniões sobre a evolução dos stocks e perspetivas de produção, destacando-se o primeiro caso.
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu em maio, depois de ter aumentado no mês anterior, refletindo o contributo negativo de ambas as componentes, opiniões sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego.
O indicador de confiança do Comércio diminuiu entre março e maio, refletindo nos últimos dois meses o contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre o volume de vendas e sobre o volume de stocks, bem como perspetivas de atividade.
O indicador de confiança dos Serviços aumentou em maio, após ter diminuído nos dois meses precedentes. O aumento do indicador no último mês resultou do contributo positivo das apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e sobre a atividade da empresa, tendo as perspetivas sobre a evolução da procura registado um contributo negativo.
Recorde aqui a Confiança dos consumidores aumenta em abril de 2019 que se referia ainda ao antigo indicador e que apresentava uma evolução mais favorável nos últimos meses.