Junho de 2017 repete a história dos últimos meses com os níveis de confiança a bater recordes históricos. Níveis de confiança dos consumidores mas também da maioria dos empresários de vários setores de atividade.
Quanto à confiança dos consumidores é já uma tendência com quatro anos que já superou o anterior máximo histórico apurando-se, neste momento, o melhor valor desde que o INE mantém um registo, ou seja, desde novembro de 1997.
Quanto aos setores de atividade, através do índice compósito batizado de indicador de clima económico constata-se que a subida registada ao longo do ano de 2017 levou o indicador para o melhor valor desde junho de 2002.
Neste que é o primeiro indicador oficial a dar informação completa para os três meses do segundo trimestre de 2017 verifica-se que se fecha o referido trimestre num patamar claramente superior ao identificado no final de março.
Tratando-se de indicadores qualitativos não serão os mais adequados para apurar registos quantitativos ao nível do PIB ou de outros indicadores macroeconómicas de cariz quantitativo, mas indicia que, de facto, a atividade económica continua a apresentar um comportamento pujante. Os indicadores de confiança costumam ser bons indicadores da tendência de evolução da atividade económica.
Uma últimas palavras para o registo específico do mês de junho a nível setorial. O INE refere que neste mês três dos quatro setores inquiridos (Indústria Transformadora, Construção e Obras Públicas e Comércio) aumentaram os seus níveis de confiança. O registo ligeiramente negativo veio do setor dos Serviços.
Entre os consumidores, das quatro variáveis que compõe o indicador de confiança, a única a não melhorar foi a que afere sobre as expectativas de poupança.
Eis um excerto do resumo oferecido pelo INE sobre os indicadores de confiança de junho de 2017 e que permite constatar, também a nível sectorial, os níveis de confiança a bater recordes históricos.
O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou em junho, após ter estabilizado no mês anterior,
retomando a trajetória positiva iniciada em junho de 2016. No mês de referência, as opiniões sobre a procura global e as perspetivas de produção contribuíram positivamente para o comportamento do indicador, enquanto as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados apresentaram um contributo negativo.O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou nos últimos seis meses, atingindo o máximo desde setembro de 2002 e refletindo o contributo positivo das duas componentes, perspetivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas.
O indicador de confiança do Comércio aumentou em junho, após ter diminuído ligeiramente no mês
anterior, em resultado do contributo positivo das apreciações sobre o volume de vendas e das opiniões sobre o volume de stocks.O indicador de confiança dos Serviços diminuiu ligeiramente em junho, depois de ter atingido no mês anterior o máximo desde agosto de 2001, refletindo a evolução negativa das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas sobre a evolução da procura, uma vez que as apreciações sobre a atividade da empresa contribuíram de forma positiva.