A taxa de inflação caminha a passos largos para valores positivos. Em maio de 2015 registou-se o 12º mês consecutivo com variações médias de 12 meses negativas mas nos últimos meses alguns dos efeitos que vinham promovendo a descida dos preços do cabaz assumido como referencial para o consumidor português reduziram-se.
Em concreto, no mês de maio de 2015, a variação homóloga foi de 1,0% (mais 0,6 pontos percentuais do que em abril). Segundo o INE, para esta subida dos preços face ao mesmo mês do ano anterior contribuiu de forma mais intensa a subida dos preços nos produtos alimentares não transformados (cuja subida foi de 3,7% em maio; tinha sido de 2,0% em abril) mas também o índice de produtos energéticos que passou a ser menos negativo, passando de -3,0% em abril para -1,3% em maio (sempre considerando variações homólogas). O Vestuário e Calçado destacou-se como a classe de despesa que mais contribuiu para uma variação negativa dos preços tendo os preços caído 2,5% em termos homólogos.
Comparando variações homólogas de abril e maio de 2015, o INE destaca que as maiores diferenças (que por sinal foram de sinal positivo) se registaram na classe de despesas com Transportes e na de Produtos Alimentares e Bebidas Não Alcoólicas. Ou seja, foram estas classes que mais contribuíram para a aceleração da subidas da taxa de inflação registada entre abril e maio, em termos de taxas homólogos.
Recorde-se que a expectativa de taxa de inflação no final de 2015 calculada pelo Banco de Portugal aponta para os 0,5%.