É um facto: as redes sociais são mais usadas em Portugal do que na União europeia. A indicação surge no relatório do INE sobre Sociedade da Informação e do Conhecimento – Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias: em 2014, em cada 100 portugueses que utilizavam a internet, 72 utilizavam as redes sociais. Nesse mesmo ano, no conjunto da União Europeia, eram apenas 58. Em 2015 a percentagem de utilizadores da internet com presença nas redes sociais em Portugal diminuiu para 70% (ainda não há dados para a União Europeia).
Esta é apenas um tópico de um conjunto diversificado de dados que o INE vem acompanhando numa base anual e que tem permitido acompanhar a evolução da utilização das tecnologias de informação por parte das famílias portugueses (há também um inquérito para as empresas). Na edição de 2015, destacam-se também os sinais de progressão da penetração da internet um pouco por todo o país mas como Lisboa em grande destaque.
A proporção de famílias com internet aumento entre 2014 e 2015 de 65% para 70% tendo a quase totalidade acesso a banca larga. O INE alerta, contudo, que “tendo em conta os dados de 2014 atualmente disponíveis para a União Europeia, constata-se que em Portugal se continua a registar um ritmo de crescimento mais lento no acesso em banda larga (+1 p.p.) do que na EU-28 (+2 p.p.).“
Em termos regionais o INE apurou que:
“Lisboa é a região onde mais famílias têm ligação à internet em casa em 2015, com proporções superiores em 9 p.p. à média nacional: 79% têm acesso à internet, e 78% fazem-no através de banda larga. Também as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e a região do Algarve registam níveis de acesso através de banda larga em casa superiores à média nacional, respetivamente, com proporções de 75%, 73% e 68%. Ao contrário, a ligação à internet em banda larga pelas famílias residentes no Alentejo é inferior em 9 p.p. à média nacional (60%).”
Ter crianças até aos 15 anos no seio do agregado familiar continua a surgir fortemente correlacionado com uma maior presença da internet em casa:
“Considerando a composição familiar, a ligação à internet em casa continua em 2015 a ser mais frequente para as famílias com crianças até aos 15 anos, atingindo uma proporção de 92% (90% têm acesso à internet através de banda larga).”
Um outro dado relevante prende-se com a progressão do uso do comércio eletrónico que cresceu de forma significativa entre 2014 e 2015, subindo de 17% para 23% da população entre os 16 e os 74 anos. Ainda assim ,esta percentagem é uma fração do que sucede na União Europeia onde, em 2014, 41% da população nesse grupo etário já recorria ao comércio eletrónico.
Eis uma tabela divulgada pelo INE com indicações por sexo, escalão etário, escolaridade e condição perante o trabalho, no uso de internet, comércio eletrónico e uso do computador:
Um destaque ainda para os smartphones e utilização de internet móvel em geral, cuja utilização aumentou muito rapidamente nos últimos três anos:
“O acesso à internet fora de casa e do local de trabalho através de equipamentos portáteis é realizado por cerca de dois terços (66%) dos utilizadores de internet, sendo o telemóvel ou o smartphone o equipamento mais referido (por 60% dos utilizadores de internet) para aceder à internet em mobilidade. Este tipo de acesso tem tido um crescimento acentuado nos últimos anos, com a proporção de utilizadores que acedia em mobilidade em 2014 a aumentar 22 p.p. face a 2012.”
E um último destaque para o recurso à internet como form de contacto com o Estado:
“Quase dois terços das pessoas referem contactar organismos ou serviços públicos através da internet Em 2014/2015, 62% das pessoas que utilizaram a internet referiram ter utilizado este meio para contactar ou interagir com organismos ou serviços públicos nos 12 meses anteriores à entrevista, com um grau de utilização que tende a ser superior ao verificado na UE-28”
Mais detalhes (por exemplo sobre segurança) aqui: Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias
A União Europeia está colonizada pela fraude democrática da designada, absurdamente, por «DEMOCRACIA, LIBERAL CAPITALISTA». Digo absurdamente, porque o conceito de Democracia é socialmente globalizante, assente em relações humanas de cooperação solidária, num constante apelo à coesão social, Pelo contrário, a expressão liberal significa individualismo selvático, num constante apelo à discriminação social e ao combate ou competição entre fortes e fracos, capacitados e incapacitados, que permite, favoravelmente, ao selvático individualismo, alimentar o seu estrutural egoísmo – ou selvajaria.