Tal como já aqui havíamos indicado no final de 2014 no artigo “Tarifas transitórias de gás e eletricidade deverão ser extintas mais tarde“, o prazo para escolher novo operador de eletricidade e gás foi alargado pelo menos até ao final de 2017. Esta medida de ir promovendo a transferência dos clientes no serviço universal com tarifas reguladas para o mercado livre está em curso há vários anos.
Prazo para escolher novo operador de eletricidade alargado
Segundo o governo será abandonada a perspetiva de forçar todos os clientes a escolherem um operador de eletricidade e/ou gás em mercado liberalizado esperando que nos próximos anos a oferta comercial passe a ser mais competitiva para os clientes por oposição à das tarifas reguladas e que, dessa forma, o processo de transferência prossiga.
Este ganho de competitividade esperado pode fazer-se ou por via de uma redução dos custos no mercado liberalizado ou, mais provavelmente, por via das sucessivas revisões tarifárias em alta, com aumentos de preços feitos trimestralmente e decididas pelo governo após recomendação do regulador setorial.
Por enquanto, dependendo do perfil de consumo dos clientes, e das ofertas consideradas não é garantido que abandonar o serviço universal com tarifa regulada seja a melhor escolha .
Recorde-se que no cenário anterior a estas declarações do governo, a transferência deveria ocorrer até ao final de 2015.
Até nisto, fui ludibriado pela indiferença deste governo. Mudei há pouco tempo por causa da informação de que isso deveria ser feito até ao final de 2015 e estou bem arrependido pois já estou a ser vítima da falta de verdadeira liberalização do mercado, pois embora as chefias de mais alto gabarito da EDP afirmem o contrário, as sub-chefias e outros assalariados, no contacto com o cliente no dia-a-dia adoptam posturas de posição dominante de mercado e apesar das boas palavras, têm comportamentos bem mais cínicos do que a antiga Companhia de Gaz e Electricidade do antigamente.