A emigração portuguesa duplicou face a 2010 e há menos 53 mil estrangeiros a viver em Portugal desde 2009. A OCDE divulgou hoje o 2015 International Migration Outlook , uma publicação na qual destaca, por exemplo, que a emigração de longa duração disparou em Portugal desde 2010. Segundo esta organização, durante os anos de 2012 e 2013, Portugal gerou mais de 100.000 emigrantes, um ritmo de emissão anual que foi sensivelmente o dobro do que o que se verificava em 2010.
Considerando emigração de curta e longa duração, os números superam os 120 mil só relativos ao ano de 2013. A perda de habitantes que se tem sentido em Portugal nos últimos anos tem resultado, quer de um número de óbitos superior ao dos nascimentos, quer de um fluxo migratório negativo com a emigração a superarem largamente a imigração. Ainda assim, o saldo migratório tem tido um contributo maior na queda da população.
Em termos de destinos da emigração, 6 em cada 10 novos emigrantes deslocam-se para países da Europa ocidental, sendo o Brasil e Angola outros destinos populares. Outro número da emigração recente é a disparidade por sexo: em cada três portugueses que emigram, apenas um é mulher.
A OCDE destaca ainda que destinos como o Reino Unido e a Noruega têm conseguido captar emigrantes portugueses particularmente bem qualificados.
Mas não são só os portugueses que estão a sair do país. Entre 2009 e 2013 a população estrangeira a viver em Portugal perdeu mais de 50 mil efetivos, passando de 454 mil para cerca de 401 mil.
(em atualização)