Os dados preliminares de final de ano do INE relativos às estatísticas do comércio internacional de bens revelam que em 2014 as exportações pagaram menos importações do que em 2013, ou seja, apesar de terem crescido ligeiramente (1,8%) fizeram-no a um ritmo mais lento do que as importações (3,2%) não conseguindo assim evitar um aumento do desequilíbrio comercial entre aquilo que se compra e o que se vende. No final, o défice da balança comercial aumentou em quase mil milhões de euros.
As exportações registaram, de longe, o crescimento mais lento desde 2010 (ano de crescimento recorde – 17,6% – que se seguiu a um colapso igualmente recorde de 18,4% em 2009). Pelo contrário, as importações não cresciam tão depressa desde 2010, acelerando de 1,1% em 2013 para 3,2% em 2014.
Depois de três anos de forte recessão em que o défice da balança comercial vinha diminuindo, o crescimento do PIB coincide assim com o regresso do aumento da disparidade entre exportações (€48 177,1 milhões) e importações (€ 58 853,8 milhões).
Segundo revela o INE, a Espanha continuou a ser o país mais relevante para Portugal tanto em termos de exportações como de importações de bens (23,5% nas exportações e de 32,5% nas importações). Em 2014, a França superou a Alemanha como segundo mais cliente dos bens portugueses. Os três principais parceiros em termos de aquisição de bens (Espanha, França e Alemanha)forma responsáveis por 46,9% das exportações nacionais.
O INE assinala que os “Os maiores défices verificaram-se com Espanha, Alemanha e Itália, enquanto os maiores excedentes registaram-se com Angola, França e Estados Unidos da América. Devido ao acentuado decréscimo das importações de Combustíveis minerais, o maior excedente comercial passou a registar-se nas trocas de bens com Angola.“
Em termos de composição das exportações o destaque vai para Máquinas e aparelhos, Veículos e outro material de transporte e Combustíveis minerais . Do lado das importações são os Combustíveis minerais e as Máquinas e aparelhos que se continuam a destacar. É precisamente nos combustíveis minerais que continuamos a ter o maior desequilíbrio entre compras e vendas no comércio internacional. Os défices nos produtos químicos e agrícolas também são particularmente relevantes.
Pode consultar mais informação na publicação: Estatísticas do Comércio Internacional – 2014 do INE