Desde o longínquo mês de junho de 2001 que o INE não registava um indicador de confiança dos consumidores tão positivo quanto o agora revelado relativo a setembro de 2015. Desde o início de 2013, altura em que se registou o valor mais baixo de toda a série (iniciada em janeiro de 1989) que a confiança vem aumentando, atingindo agora um máximo histórico com mais de 14 anos.
Da análise das respostas às perguntas que constituem o indicador de confiança dos consumidores, o INE revela que o indicador “refletiu o contributo positivo das perspetivas sobre a evolução da poupança e das expectativas sobre evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país, mais significativo no primeiro caso. ” Apenas as expectativas quanto ao desemprego não terão contribuído para este máximo. Note-se que, em particular, a apreciação sobre a situação económica presente a futura do país está no melhor nível desde março de 2000.
Recorde-se que em termos quantitativos, este período desde 2013 tem coincidido com uma progressiva retoma do consumo das famílias que presentemente se encontra suportada num aumento do recurso ao crédito ao consumo (à boleia de taxas de juro muito baixas e do regresso da concessão de crédito pelo setor bancário), num esmagamento das poupanças (a taxa de poupança das famílias está em mínimos históricos) e num ligeiro aumento do rendimento disponível.
Quanto ao indicador de clima económico, que congrega os indicadores de confiança setoriais da Indústria Transformadora, Comércio, Construção e Serviços, continua num patamar estável em que se fixou há alguns meses, interrompendo a clara tragetória ascendente que vinha registando desde o início de 2013.
Segundo o INE:
“O indicador de clima económico, disponível até setembro, estabilizou pelo segundo mês consecutivo. Em setembro, o indicador de confiança diminuiu na Indústria Transformadora e no Comércio, estabilizou na Construção e Obras Públicas e aumentou ligeiramente nos Serviços.”