Eis um brevíssimo artigo de opinião que se pretente minimamente polémico sob pretexto da discussão em curso no Parlamento que se prepara para ditar que as direções dos reguladores e supervisores de mercados nacionais não possam receber mais do que o Primeiro-Ministro (com exceção do Banco de Portugal).
Há várias formas concorrentes de contribuir para uma DESregulação eficaz na atividade económica:
1) Reduzir a regulação;
2) Esvaziar de neurónios os reguladores;
3) Agravar a entropia gerada pela desigualdade salarial entre reguladores (a desmotivação é uma seca);
4) Zelar pela persistente ineficácia na justiça;
5) Acarinhar desleixo/distração no escrutínio do próprio trabalho dos reguladores sob pretexto da “independência”.
Quanto ao tema do dia sublinho que o que releva é que “É inadmissível alguém na administração pública ganhar mais do que o Primeiro-Ministro”. É um argumento “imbatível”. Daquele tipo de argumentos que, no final, ninguém consegue reconhecer porque demagogicamente não dá jeito, mas que sabe tem potencial para nos sair muito caro.
RCB
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