Dentro de algumas horas o artigo vai estar integralmente disponível no Negócios. Por agora publicamos um excerto em jeito de “manifesto” para as eleições que se avizinham que partilhamos integralmente aqui no Economia & Finanças. A ler “O pequeno fascista que vive dentro de nós” de Manuel Esteves:
“(…) Os políticos só serão todos iguais no dia em que os eleitores forem todos iguais. Enquanto houver eleitores que se informam, reflectem e decidem, haverá políticos sérios e capazes. Se, pelo contrário, cresce o número de eleitores mal informados, desinteressados e alienados da causa pública, maior será o número de políticos incompetentes e corruptos.
Se, nós eleitores, aceitarmos o postulado do “são todos iguais”, só nos restam duas alternativas: deixarmos de escolher “políticos” e entregarmos os desígnios do país a uma só pessoa ou a um colectivo que governe com mão pesada (e que não deixa, por isso, de ser política); ou então, estando nós eleitores descontentes com os elegíveis, podemos tentar substituí-los. Claro que isso não se faz de um dia para o outro, exige maior protagonismo e uma intervenção gradual na causa pública. E pode começar por coisas bem simples: num colectivo de bairro, no sindicato, na freguesia, na associação de pais, no grupo dos amigos de qualquer coisa, numa associação de apoio a outra coisa qualquer, etc. Aqui e ali, onde haja interesse público, há política. Todos fazemos política cada vez que fazemos alguma coisa que mexa no interesse colectivo. E também fazemos política quando dizemos que os políticos são todos iguais. (…)”
Após a leitura do artigo, “O pequeno fascista”, fiquei muito admirado ainda virem com tretas desta para os jornais e digo tretas porque a pessoa que escreveu não deve estar devidamente informada, doutra forma saberia que o ligar-se a qualquer instituição nada ajuda, porque quem manda nos partidos são os cabecilhas e todo o que tente lá meter-se será de seguida eliminado. Logo nunca chegará a fazer parte seja de que for ou então terá de se submeter única e simplesmente á vontade dos outros, como é do conhecimento geral actualmente a Lei eleitoral não permite que ninguém se candidate às legislativas a não ser os elementos dos partidos e como já fazia o Salazar, devidamente escolhidos pelos donos dos partidos, também não é segredo que actualmente se vive num sistema de ditadura partidária. A alteração da referida Lei eleitoral que permite as candidaturas às autarquias pouco ou nada fez, porque lá aparecem os partidos com o seu poder a impedir que outros concorram, aliás só os que já eram presidentes que após o abandono dos partidos, concorreram como independentes, casos raros.Claro que aqui também há a considerar a fraca politização do povo português, que foi sendo nestes 40 anos mal informado de todos os seu direitos e deveres, mas sem a alteração à referida Lei, liberalizando todos as candidaturas políticas para qualquer cargo, quer Deputado, quer Autárquico e mesmo para o Governo, não é DEMOCRACIA mas engana meninos e papa-lhe o pão.
Deveriamos estar a falar de revolução cultural, de alternativas a esta ditadura organizada por pessoas incompetentes e protectores de interesses que conseguiram controlar os partidos politicos…
O que deveriamos fazer era acabar definitivamente com estas organizações lideradas pelos interesses economicos que nao fazem mais senao controlar os politicos por forma a maximizarem os seus rendimentos, fazendo legislação a medida, bloqueando e despedindo algum ousado honesto que tente mexer nos seus interesses.
ATÉ CONCORDO QUE DEVERIAMOS INFRILTRA-NOS NESSAS ORGANIZAÇÕES NAO PARA AS MUDARMOS PORQUE ISSO NUNCA VAI ACONTECER, NAO VAO DEIXAR, MAS SIM PARA AS DESTRUIR.