A ler “O bailout escondido à Alemanha” por Pedro Romano no Massa Monetária (um excelente blogue do Jornal de Negócios que é cada vez mais uma referência para acompanhar a reflexão e o contraditório que se vai fazendo sobre a parte mais pop do pensamento económico e dos problemas económicos da atualidade) .
Um excerto:
” (…) Autores como Hans Werner Sinn dizem que este [o programa de operações de cedência de liquidez do BCE] representa um “segundo bail out” a países como a Grécia. O que outros autores – como os que assinam a peça da Bloomberg – dizem é que esta é uma forma errada de ver as coisas. Ao assumir-se como credor da banca grega, o BCE está, na prática, a permitir aos anteriores credores (sobretudo bancos alemães) desfazerem-se dos seus títulos, fugindo assim do risco. Claro que o risco passa agora para o balanço do próprio BCE, mas este é partilhado (diluído, portanto) por todos os seus accionistas: a Alemanha e todos os outros países do euro. Et Voilá!, banca alemã salva.
Germany’s changing financial exposure has major implications for its role as a leader of Europe’s response to the crisis. Before Germany’s banks pulled back their funds, they stood to lose a ton of money if Greece left the euro. Now any losses will be shared with the taxpayers of the entire euro area — particularly France, whose banks still have a lot of outstanding loans to Greece. Perhaps this is what some German officials mean when they say that the euro area is better prepared for a Greek exit. “