Segundo os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal as famílias (126,9 mil milhões de euros – um novo máximo histórico) e as empresas (30,7 mil milhões de euros) têm depositado junto dos bancos nacionais o equivalente a 91,2% da riqueza gerada na economia portuguesa em 2010 (ou seja, 91,2% do PIB).
A evolução ascendente das taxas de juro oferecidas nos depósitos a prazo (que atingem já o valor médio de 3,82% segundo dados de Julho de 2011) estão a cativar de forma crescente o aforro dos portugueses, em particular das famílias que continuam a aumentar as poupanças destinadas a depósitos a prazo.
Para conhecer os melhores depósitos a prazo existentes no mercado português, recomendamos a consulta da nossa base de dados que é frequentemente atualizada.
Ao nível do crédito concedido, o boletim estatístico do Banco de Portugal revela uma forte contração, tornando-se evidente que as instituições financeiras estão claramente a optar por “desalavancar” om ais rapidamente possível as suas carteiras, provocando a destruição de moeda em circulação por via da redução do crédito gerado. Note-se que o Governador do Banco de Portugal recomendou recentemente que a opção para melhorar a saúde financeira das instituições bancárias deveria passar, preferencialmente, pela venda de ativos (participações sociais e outros ativos na posse dos bancos) sob pena de, se a opção passar essencialmente pela redução da concessão de crédito, se desencadear uma espiral recessiva que acabará por afetar também a saúde das próprias instituições financeiras. Até ao momento, os bancos nacionais parecem pouco sensíveis a esta recomendação.
Destaca-se ainda que os níveis de mal parado não cessam de aumentar batendo recordes de mais de 10 anos.