Segundo o Público a Escola Agrária de Castelo Branco (EACB) está a ter sucesso ao ensinar o regresso às hortas para enfrentar a crise temndo por publico alvo a comunidade não escolar.
Quem já alguma vez plantou, cuidou e comeu o fruto saberá que há poucas coisas mais gratificantes. As gerações passam, os ensinamentos morrem, mas pode morrer também um certo pudor social ou vergonha em sujar as mãos. Faltará recuperar o que se perdeu e nesse aspecto iniciativas como as da EACB podem fazer a diferença. Um excerto:
“(…) Alguma formação específica sobre determinados aspectos da actividade agrícola, como a poda de árvores de fruto, já foi ministrada no último ano, mas a aposta é para intensificar. (…) Celestino Almeida acredita que, fruto da crise, “os mercados locais de proximidade vão ser reactivados, assim como a produção familiar” para auto-consumo.
Afinal, produzir o que se come “é uma tradição nas famílias portuguesas. Nas últimas décadas perdeu-se, mas há todos os motivos para a recuperar”, seja do ponto de vista económico, ambiental ou de gestão do território.
O presidente da Escola Superior Agrária de Castelo Branco acredita ainda que, com a crise, “há um novo olhar crítico sobre as importações. Há cada vez maior necessidade de Portugal produzir mais e melhor”.
Para aquele responsável, houve “políticas mal aplicadas ou mal entendidas que conduziram a algum abandono [do sector agrícola]” e há “uma imagem dura da agricultura que não corresponde à realidade”. (…)”