No novíssimo Dinheiro Vivo encontramos declarações de Jean Claude Junker, “Juncker propõe ajuda à Grécia do orçamento da UE“, que nos parecem muito significativas, sinalizando que a discussão que decorre no seio da União Europeia terá alguns interlocutores que começam a usar argumentos razoáveis. Um excerto:
“Eu não compreendo – sou sem dúvida demasiado ingénuo – esta perversidade europeia que exige que, quando se trata de atribuir à Grécia volumes financeiros importantes em matéria de coesão e de política regional, continuemos a insistir na obrigação de co-financiamento daqueles programas”, afirmou Juncker numa entrevista ao jornal La Libré Belgique. E sugere uma mudança de regras para dar um “balão de oxigénio” à Grécia, que “poderia receber apoio naquelas políticas para desenvolver as infraestruturas e aumentar o potencial de crescimento”.
Para o líder dos ministros das Finanças da Zona Euro, “a Europa aparece como o bicho papão” na solução da crise da dívida grega, e gostaria que “desenvolvêssemos também, sendo Europa, uma articulação económico-política que volte a dar esperança aos gregos”.
Naturalmente parece-nos mais que razoável que a perplexidade de Junker se estenda à Irlanda e a Portugal.
Recordamos que Jean Claude Junker é presidente do Eurogrupo que reune todos os países que pertencem a zona euro.