Nunca num único mês os Certificados de Aforro tinham registado perdas líquidas tão expressivas: 705 milhões de euros. Este valor corresponde sensivelmente ao desinvestimento acumulado registado nos três meses anteriores, ele próprio já muito acima do que vinha sendo habitual.
Como modesta compensação, registou-se uma entrada líquida de 90 milhões de euros em poupança sob a forma de Certificados do Tesouro.
Na prática, desde o início do ano, os portugueses retiraram cerca de mil milhões de euros de títulos da dívida pública.
Naturalmente, isto não são boas notícias para o Estado e, indirectamente, para os seus cidadãos. Esta saída estará a ser mais motivada por falta de confiança no Estado, por necessidade de transformar poupança em consumo ou porque há alternativas mais apetecíveis?