Naquela que ameaça ser uma novela repleta de episódios dramáticos o primeiro acabou por ter um desenlace menos mau face às expectativas geradas. A procura de dívidas portuguesa de médio e longo prazo não deu sinais de fraquejar ainda que, no caso da dívida a 4 anos, se ter feito à custa da subida da taxas de juro oferecida pelo Estado português (passou de 4,04% no último leilão para 5,39% nestes).
Quanto à dívida de longo prazo, não se confirmou a expectativa de subida da taxa de juro face ao leilão anterior (havia-se fixado em 6,8%) pois a procura 3,2 vezes superior à oferta acabou por condicionar o valor que se fixou ligeiramente abaixo, nos 6,71%.
O que é que tudo isto implica? Que ganhámos mais algumas semanas para mudar o destino que parece inevitável, tentando convencer os potenciais investidores de que não representamos um risco tão significativo para os seus potenciais empréstimos. Em breve termos um novo episódio, provavelmente já após se conhecer com mais rigor a execução orçamental de 2010 e os resultados económicos do último trimestre de 2010. Amanhã mesmo teremos um capítulo que nos poderá interessar: será a vez da Espanha pedir dinheiro emprestado a 5 anos.