No dia em que se noticia que os “Bancos espanhóis prolongam “superdepósitos” e ignoram o Banco de Espanha“, recuperamos uma notícia recente sobre o Banco de Portugal na qual este indicava manter sobre vigilância as taxas de juro dos depósitos a prazo em vigor em Portugal e, em particular, aquelas cuja remuneração ultrapassasse os 3 pontos percentuais acima das euribor para o respectivo prazo.
Tomando por referência os valores médios da Euribor a 1, 3 e 12 meses relativas ao mês de Junho divulgadas pelo Banco de Portugal, verificamos que as taxas acima das quais a atenção do Banco de Portugal será maior terão de ultrapassar (TANB):
- A 1 mês, os 4,279%;
- A 3 meses, os 4,489%
- A 12 meses, os 5,144%.
Considerando a informação que temos na nossa base de dados de depósitos a prazo, no presente momento, serão poucos os depósitos que estarão a suscitar proecupação ao regulador dado que muito poucos ultrapassam os limites referidos, destacando-se que alguns desses casos são efectivamente depósitos promocionais, destinados a captar novos clientes ou capitais e, por natureza, não renováveis. Atendendo ao dinamismo destes produtos, esta realidade poderá, naturalmente, alterar-se.