Continuamos em busca de visões alternativas que complementem e contraponham algumas das ideias com mais projecção mediática ao nível da Economia & Finanças. Se há coisa que ficou da crise recente é a garantia de que termos (quase) toda a gente a dizer e fazer o mesmo não é garantia nenhuma quanto à correcção do caminho que (quase) todos seguem, por isso, está mais que na hora de abrir a discussão.
Hoje temos um contributo em vídeo que tem como protagonista Mark Blyth e está a ser promovido no canal do YouTube do Esquerda.net. Além do destaque que se faz sobre o desequilíbrio dos contributos para a resolução da crise que a lógica da austeridade sob o Estado (no sentido da redução dos serviços por este prestados) implica, sublinha-se o perigo que é todos estarmos alinhados numa política de austeridade ao mesmo tempo (Estado, famílias, empresas, instituições financeiras e espaços económicos). A ideia implícita que surge como solução (ainda que parcial) será a da necessidade de haver uma partilha global e efectiva das perdas (da dívida) por parte de quem pediu e de quem emprestou, fazendo um exercício de memória que passa por recordar que muito da dívida actual dos Estados advém da intervenção recente para equilibrar o sistema financeiro.
O outro lado da moeda passa por olhar para a história para concluir que se nos centrarmos apenas na austeridade, eternizando por muitos anos quem pagará a factura (raras vezes quem é responsável pelo desequilíbrio gerado), as coisas costumam terminar muito mal. Mas vamos ao vídeo que é mais uma performance do que uma palestra académica:
E se pensa que isto é conversa de perigosos esquerdistas então leia o artigo de Wolfgang Munchau, “Merkel teve uma vitória política cabal no Conselho Europeu” (Finantial Times/Diário Económico), uma excelente síntese escrita daquilo por que estamos e iremos passar na Europa e em Portugal.
Bom dia,
descobri este espaço há relativamente pouco tempo, mas desde então tenho seguido o que aqui se escreve com toda a atenção. O video que acabaram de postar é extremamente interessante e permite aos mais leigos, como eu, ter uma visão diferente daquela que nos tentam passar. Este comentário serve para vos sugerir o seguinte video que descobri aquando do visionamento do vosso video, há uns meses atrás.Clicar aqui Se os japoneses já passaram por esta situação, porque não aprendemos com eles?
Obrigado e Bom ano novo!
Obrigado Pedro, vamos tomar nota para eventual publicação futura. Vmos tentar seleccionar alguns videos gratuitos e de qualidade que estão disponíveis na net. Já temos mais alguns em vista. Uns para estimular o debate apresentando diferentes pontos de vista, outros com objectivos mais (in)formativos.