Uma das novidades da proposta de lei do Orçamento de Estado para 2011 – já anunciada em Maio de 2010 – é o estabelecimento de um cúmulo global para os benefícios fiscais e deduções à colecta. Ou seja, além dos limites específicos impostos em cada tipo de benefícios e deduções (alguns dos quais já enunciados aqui: “Proposta de Orçamento de Estado 2011 – novidades aos bochechos (em actualização)“) , o somatório dos mesmos está condicionado por um limite superior determinado pelo escalão de rendimento do IRS 2011 de cada família (estamos a analisar para já apenas o IRS).
Segundo o Jornal de Negócios, estes limites aplicam-se a despesas de saúde, despesas de educação e formação, despesas com lares e os juros e amortizações de dívidas com empréstimos à habitação, bem como a gastos com PPR, planos poupança-reforma, energias renováveis e seguros, entre os demais que constam do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
Eis a tabela com os limites máximos aos benefícios fiscais e deduções à colecta que recolhemos da Proposta de Orçamento de Estado para 2011:
Deduções e Benefícios Fiscais: | |||||
Escalões de rendimento colectável (€) | Limite máximo de Deduções à Colecta | Limite máximo aos Benefícios Fiscais (€) | |||
% do rendimento colectável | Limite máximo (€) | ||||
até 4898 | sem limite | sem limite | sem limite | ||
+ 4898 até 7410 | sem limite | sem limite | sem limite | ||
+ 7410 até 18375 | 9,447% | 800 | 100 | ||
+ 18375 até 42259 | 4,354% | 900 | 80 | ||
+ 42259 até 61244 | 2,130% | 1000 | 60 | ||
+ 61244 até 66045 | 1,715% | 1000 | 50 | ||
+ 66045 até 153300 | 1,666% | 1000 | 50 | ||
+ a 153300 | – | 1100 | 0 | ||
ATENÇÃO – Em 30 OUT 2010 a proposta foi alterada, leia os detalhes em “Rendimento colectável abaixo de 66 mil euros deixa de ter limitações nas deduções em 2011“.
ATENÇÃO: actualizado com proposta oficial de Orçamento de Estado 2011 (18/OUT/2010)
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Cumprimentos
Carlia