[wp_ad_camp_1]Uma peça da semana passada lida no Jornal de Negócios citando um estudo da Cushman & Wakefield, confirma a crónica há muito anunciada. Depois de em Novembro (“Um dia os novos centros comerciais florescerão outra vez“) terem sido identificados diversos adiamentos e suspensões em vários projectos de edificação de novos centros comerciais, agora chegam ecos da avaliação subjectiva de quais os principais problemas que afectam os próprios retalhistas. Sem surpresa:
“(…) O factor que dominou as preocupações dos retalhistas foi o “crescimento da oferta de espaços comerciais”, seguido do endividamento das famílias (que havia sido na anterior edição do inquérito a maior preocupação), do desemprego e da quebra na confiança do consumidor. (…)”
Será isto um drama? Dependerá sempre da perspectiva. O excesso determinará nalgumas zonas o encerramento, noutras, “apenas” uma redução das rendas associadas à locação nestes espaços. E de caminho, a criatividade e a reinvenção do uso que se pode fazer dos espaços “mortos” nestes centros, fará o seu caminho. Já é possível encontrar serviços públicos como Lojas do Cidadão ou serviços de saúde como clínimas médicas a operarem paredes meia com o hipermercado. Por enquanto, talvez ainda seja um problema mais bicudo rentabilizar alguns estádios de futebol, mas o desafio para os operadores e o tempo para a inovação e para a sobrevivência dos mais aptos chegou também a este sector, depois de muitos anos de rendas muito lucrativas e depois de algum exagero próprio de uma “corrida ao ouro”.