Ainda no campo dos indicações mistas, acabou de ser divulgado um número agradável para as economias da Zona Euro: o excedente comercial (diferença entre o que se vende face ao que se compra junto de países terceiros) aumentou significativamente.
Particularmente curioso é o facto de o excendente ser maior nas relações comerciais com os Estados Unidos, país que como sabemos tem visto o preço das suas exportações descer e importações encarecer por via da desvalorização do Dolar face ao Euro – e sim, as exportações de automóveis europeus para os EUA estão de boa saúde.
É caso para pensar que se a taxa de câmbio não tivesse um andamento tão benévolo para os EUA poderíamos estar hoje perante um desequilíbrio histórico em favor da Europa.
Com a China continuamos a acumular défices comerciais. A mão-de-obra barata, a contínua desvalorização da moeda Chinesa e a ainda incipiente (mas crescente) pressão para a maior exigência qualitativa e social junto dos produtores Ocidentais que deslocarizaram produção para a China, explicam boa parte do fenómeno em cenário de globalização.