Os mercados de acções andam extremamente voláteis em todo o mundo. São dias para investidores/especuladores de barba rija. Olhar para a evolução diária dos diversos índices pode ser extremamente enganador. A variação de preço ao longo de um dia de negociação atinge níveis impressionantes em muitas acções.
Por cá o cenário é também este multiplicado por um número inteiro qualquer diferente de um. O exemplo do dia é o BCP. Em poucas horas, fruto de um rumor, já esteve a valorizar mais de 8%. Há pouco seguia nos 6% e vamos a ver como encerrará o dia. Bastará alguém vir negar o rumor para poder muito bem fechar com uma variação negativa. Tudo isto tem muito pouco a ver com a capacidade intrínseca de gerar valor por parte de cada empresa. Imagine-se um investidor de longo prazo a ver as suas acções atingirem um nível de valorização que não imaginaria obter antes de um ou dois anos. É mais que natural que não resista à tentação de vender arrecadando o lucro imediato. Estará a contribuir também para a volatilidade, à sua maneira.
Todos vão a jogo nestas condições, a começar pelos investidores institucionais que têm demonstrado pouco pruridos em assumir um perfil especulativo na gestão dos seus respectivos fundos. Tudo isto tem essencialmente a ver com gestão de expectativas, animal spirits on the loose. Joga-se, recorre-se ao bluff, gerem-se notícias, compra-se e vende-se para condicionar os menos experimentados, levando-os em carneirada para algum lado com o fito de retirar dividendos. Na bolsa, sempre que seja possível condicionar o mercado, ou seja, prever o que acontecerá em termos de evolução de um título nos minutos que se seguem é quanto basta para alguém com dinheiro ou títulos em carteira poder fazer fortuna. Sim há crimes associados a estas práticas, mas nos dias que correm a fiscalização tem se revelado impossível; a predisposição para o excesso está no mercado e o medo que surgiu nas últimas sessões só veio lubrificar a volatilidade vigente. Em muitos aspectos é bem mais estimulante do que um jogo de casino. Na essencial pouco se distingue deste.
Sabendo-se ao que se vai e sendo-se adulto e capaz, não há nada a criticar. Talvez apenas a taxa de imposto (10% para investimentos com mais valias que fiquem em carteira menos de 12 meses) que ficam bem aquém do que é cobrado num casino (à casa e ao vencedor de prémios) ou mesmo do que é cobrado numa singela conta de depósitos a prazo (20% sobre os juros), mas aí, na taxa de impostos sobre a bolsa domina a "globalização" onde o mercado é aberto, e a "situação" onde ele é ainda, na prática (do pequeno aforrador), doméstico.
A bosla nacional é um quintal para especuladores, onde quem viola as regras apenas recebe o fruto do seus trabalho especulativo. A moda deste ano é lançar boatos de forma contínua, sendo que até jornais da área entraram nesse jogo sujo (vide DE).
Sobre a volatilidade alargada para meracdos externos, é uma excelente ocasião para entrar em mercado. Mas há que saber quando entrar, e quando sair. Caso contrário, é a “morte”. E convêm não ser muito ganacioso, pois essa será a forma que inviabilizará a multiplicação dos ganhos. O mercado está instável, baseado em pura especulação. Os resulatdos têm sido positivos, mas houve um colpaso enorme.
Cumprimentos
O QUE É BOLSA DE VALORES.
Bolsa é um jogo de compra e venda de contratos. Esses contratos possuem nomes que sugerem ligação com alguma coisa real. Ex: Petrobrás, vale, café , soja, ouro, dólar, etc.
Todos querem ganhar e quem paga é quem perde. A Petrobrás ou o café ou o governo não tem nada haver com isso. As empresas emprestam o nome, recebem o dinheiro da primeira venda ( IPO) e tchau. Existe uma regulamentação que obriga a empresa a pagar dividendos. Como você vai perder, também não recebe dividendos nenhum.
As negociações continuam e você tem que tirar dinheiro do outro que também quer tirar o seu dinheiro. Quem está do outro lado são grandes especialistas e as mentes mais afiadas do planeta. É uma batalha difícil de ser vencida e o que fica no caminho são sucatas de perdedores anônimos.
Existe também os contratos alavancados e futuros que ativam a ganância e tiram o seu dinheiro na velocidade da luz. Não é preciso nem colocar dinheiro, apenas uma garantia. Como é impossível ganhar, apesar de parecer fácil, você é colocado pra fora do jogo com todas as humilhações imagináveis. É muito mais covarde do que a própria guerra.
A bolsa retira todos os dias do mercado milhões para pagar corretores, assessores, impostos, taxas, e também a diferença entre a compra e venda, e o valor de fechamento de pregão. Quem ganha recebe menos e quem perde paga bem mais. Esta diferença fica com a bolsa e ninguém percebe que é um jogo de soma negativa semelhante a um cassino. O trabalho social do investidor é puramente pagar as prestações do apartamento e o colégio particular dos filhos do seu assessor .
Se você se ama e também ama a sua família jamais recomende ninguém a jogar seu dinheiro em renda variável. Passe esse informativo para mais pessoas.