O valor final oficial da inflação anual de 2022 para Portugal foi estabelecido pelo INE nos 7,8%. Este valor fixou-se 1,9 pontos percentuais acima da projeção do cenário mais adverso, feita pelo Banco de Portugal em março de 2022 (5,9%). Nesse mesmo exercício, contido no Boletim Económico de dezembro de 2021, o Banco de Portugal havia definido como cenário central uma inflação de 4%.
Inflação Anual de 2022: Total e Subjacente
Sucede que as consequências do conflito armado na Europa, iniciado em fevereiro, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, se revelaram mais importantes e mais globais. Assim, aquele que se esperava vir a ser o ano com maior inflação da década (a OCDE e a Comissão Europeia, no final de 2021 esperavam uma inflação em Portugal de 1,7%, valor que só seria batido pela inflação de 2012 quando se fixou em 2,8%), veio a ser o ano com a maior inflação desde 1992.
Outro valor em máximos desde os anos 90 (neste caso desde 1994) é o da inflação subjacente, ou inflação sem produtos alimentares transformados e produtos energéticos. O ano de 2022 terminou com o indicador que dá testemunho da inflação mais duradoura (em especial neste contexto onde os produtos energéticos forma um forte impulsionador da subida global de preços) nos 5,6%. Em 2002 este indicador havia registado um valor elevado de 4,5%, mas é preciso recuar para os 6,0% de 1994 para encontrar um que o supere.
Previsão para a Taxa de Inflação de 2023
As previsões mais recentes para a inflação em 2023 e anos seguintes são as apresentadas pelo Banco de Portugal no seu Boletim Económico do Banco de Portugal de dezembro de 2022. Nessa publicação, que esperava uma inflação para 2022 um pouco acima da que se veio a confirmar (8,1%), ainda que para um indicador ligeiramente diferente do apurado pelo INE (IHPC versus IPC), o Banco de Portugal previa, para 2023, uma taxa de inflação de 5,8%. E este será o melhor número que existe para este indicador à data de janeiro de 2023, momento em que escrevemos este artigo.
Do Banco de Portugal, já nada me admira.
Não acertam uma (de 4,5% para 7,8%).
Então desde que lá está o “Centenário”, então é que é asneira da grossa, só para agradar ao “patrão” que o pôs lá. Se estivesse numa empresa sem ter estado na politica e a errar assim, a porta da rua era a serventia da casa. Mas assim, até tem aumentos de 300€. Viva o xuxialismo.
Nem mais.