Com a difusão das estimativas rápidas referentes à evolução do Produto Interno Bruto (PIB) relativo ao primeiro trimestre de 2020 por parte de 20 dos 27 países da União Europeia, começou a ser visível o impacto inicial da crise provocada pela corrente pandemia de COVID-19. E esta primeira fotografia revela o PIB português com comportamento acima da média da UE, ou seja, não sendo dos países mais afetadas surge no que poderiamos chamar de segundo pelotão dos países que sofreram maior inpacto.
PIB português com comportamento acima da média da UE
Quando comparado com igual período do ano anterior, o PIB português caiu 2,4%, naquela que é uma das queda historicamente mais significativas. Quando se apura a média para países da Zona Euro esse número é ainda mais expressivo: – 3,2%.
Como se pode constatar no gráfico em baixo construindo tendo por base dados do Eurostat recolhidos junto dos vários Estados Membro
No caso da França, Itália e Alemanha, presentemente as maiores três economias da Zona Euro este á já o segundo trimestre consecutivo em que regista uma redução da produção em relação ao trimestre imediatamente anterior o que se convencionou ser o limiar a partir do qual se qualifica um país como estando em recessão.
Alargando a análise para lém da Zona Euro, no conjunto dos 20 países da União Europeia a situação é apenas ligeiramente menos dramática dado que o PIB também caiu em termos homólogos ainda que a um ritmo menos acelerado: 2,6%.
Países como a Grécia e a Irlanda ainda não divulgaram as suas estimativas para o primeiro trimestre de 2020.
Naturalmente é demasiado cedo para antecipar se o andamento diferenciado das diferentes economias está de alguma forma relacionado com as medidas de política económica implementadas em cada país. Note-se que no caso de Portugal, a economia vinha de um período de nova aceleração da atividade o que ainda pode ter contribuindo para amenizar o impacto num trimestre que ainda contou com várias semanas pré-covid-19.
Pode encontrar mais alguns detalhes no sítio do INE sendo que até ao final de maio será divulgada informação mais detalhada pelo INE.
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