Sabia que em Estocolmo, Suécia, as notas e as moedas foram abolidas nos autocarros e a maior parte das atrações turísticas da cidade já só aceitam pagamentos digitais? Sabia que em países como os Países Baixos, a Grécia e a Rússia mais de 50% dos pagamentos em loja são realizados sem dinheiro físico e que a Dinamarca pretende eliminar todos os pagamentos com dinheiro até 2030?
A resposta a tudo isto não se encontra numa poção mágica ou numa qualquer tecnologia desenvolvida no segredo dos deuses. Tudo isto só é possível graças aos novos sistemas de pagamentos contactless que têm sido aperfeiçoados ao longo dos últimos anos. É uma realidade, não como a ela fugir. As notas e as moedas estão a tornar-se obsoletos e os últimos dados conhecidos em relação aos métodos de pagamento preferidos dos consumidores revela-nos exatamente isso.
Panorama Atual
Em média, 61% dos europeus deixou o dinheiro físico na carteira e optou por efetuar o pagamento dos seus bens e serviços através de cartões com tecnologia contactless integrada. No caso do nosso país, sempre um pouco mais lento nestes processos de mudança, 37% dos portugueses já utiliza esta tecnologia nos seus pagamentos com as previsões a apontar para um crescimento acentuado da taxa de penetração do contactless ao longo dos próximos anos.
Se há 3 mil anos, na Mesopotâmia, a invenção do dinheiro enquanto conceito se apresentou com o mesmo espanto e desconfiança com que, anos mais tarde, os gregos puseram a circular as primeiras moedas ou, ainda mais tarde na ampulheta do tempo, os nossos pais deram de caras com os primeiros cartões de débito, é fácil imaginar que a transição para um modelo onde os pagamentos se realizam sem o recurso a dinheiro físico ou à introdução de um cartão num tpa físico (terminal de pagamento automático físico) com marcação de PIN.
Tecnologia Contactless: o inicio da mudança
Se o contactless marca o início de uma era de alguma eternidade no domínio das transações, o que dizer do pagamento com recurso a smartphones e wearables (um smartwatch por exemplo)? Estes dispositivos, desde que tenham a capacidade de comunicação por NFC (campo de proximidade – base da tecnologia contactless) são perfeitamente capazes de substituirem os cartões multibanco como os 33% de transações efetuadas através de wearables em 2019 na Países Baixos o confirmam.
Porém, ao contrário dos cartões, com um wearable sem bateria, como um anel, a transação é aprovada por um código PIN introduzido no terminal de pagamento, assim como se faz com um tradicional cartão de plástico. Um pequeno vislumbre do passado que não modifica a inexorável marcha do progresso em direção a uma sociedade onde o dinheiro perde o lado material e é representado por impulsos eletrónicos.
Abraçar um mundo sem dinheiro físico pode demorar o seu tempo, mas tal como já se verificou em muitas outras revoluções, o consumidor é lesto a adaptar-se às ferramentas que lhe trazem um maior conforto. Não carregar dinheiro na carteira, não ser obrigado a lembrar-se do PIN do cartão multibanco sempre que quer efetuar um pagamento ou, simplesmente, diminuir o tempo que perde na introdução do mesmo no tpa, são alguns dos fatores que concorrem para uma cada vez maior adesão da parte do público a métodos de pagamento onde a tecnologia contactless esteja presente.
Segurança sinónimo de aumento de confiança
A juntar a estes fatores, existe ainda um outro, talvez o mais importante de todos eles: a segurança. Em Portugal, tal como nos restantes países europeus, os principais sistemas emissores de cartões disponibilizam cartões com integração de tecnologia contactless construídos sob o standard europeu de segurança EMV Chip que reduz a hipótese de fraude à insignificância.
O contínuo crescimento dos pagamentos contactless por parte dos consumidores não podia acontecer se do outro lado, comerciantes e prestadores de serviços, a tecnologia não acompanhasse o maior interesse do público por esta tecnologia.
Transformar, por exemplo, todo o sistema de pagamentos em autocarros em Estocolmo de modo a acomodar a tecnologia contactless exigiu que fossem adoptados terminais de pagamento automático à medida.
Esta mesma transformação ocorre um pouco por todo o mundo. De serviços públicos a hipermercados, de restaurantes a pequenas lojas de bairro, o “outro lado” da moeda, se nos é permitida a expressão, adapta-se a estes novos tempos onde o dinheiro físico se torna um fantasma de um passado distante.
Portugal, apesar de ainda estar atrás de países como a Países Baixos ou a Dinamarca no domínio do pagamento contactless, tem crescido consistentemente todos os anos. Cada vez mais consumidores optam por esta tecnologia e muitos mais optariam se os comerciantes optassem por integrar o contactless nos seus tpa.
O desconhecimento das mais-valias do contactless no serviço ao cliente e na redução de custos, a par do preço da sua implementação são algumas das razões que ainda mantêm os comerciantes à margem desta evolução, mas que, com a ajuda de empresas como a Reduniq têm tudo para deixar de ser um entrave.
Anteriormente conhecida como Redunicre, esta marca da Unicre especializada no mercado de pagamentos coloca ao dispor dos comerciantes portugueses uma solução de terminais de pagamento automático (fixos e móveis) com integração de tecnologia contactless preparados para aceitar cartões dos principais sistemas de pagamento internacionais com a máxima segurança. Estes tpa permitem ao agente económico, entre outras coisas, uma redução de custos com o manuseamento do dinheiro, transações médias mais elevadas e ainda lhe dão a garantia de que o pagamento se realmente se efetua.
No sensível tema da segurança, a tecnologia contactless Reduniq segue todos os critérios de segurança dos sistemas de pagamento internacionais e atua sobre o standard EMV, vulgarmente designado por Chip & Pin. Por razões de segurança as transações contactless sem introdução de PIN estão limitadas ao valor de 20€, até um máximo acumulado definido pelo emissor do cartão. Uma vez atingido esse valor é solicitada a introdução do código PIN para validação da transação à semelhança, variando no valor limite, do que acontece um pouco por todo o mundo.
Sem grande margem de erro, podemos apontar para um Futuro onde notas e moedas façam parte de um espólio museológico, ao invés de pintalgar as nossas carteiras. Ano após ano, os dados estatísticos comprovam-no e será apenas uma questão de tempo até a migração se completar na totalidade.