Confiança dos consumidores regressa a terrenos positivos em novembro 2019 depois de uma ligeira degradação em outubro.
Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a confiança dos consumidores retomou o andamento positivo que vinha registando desde abril de 2019.
Confiança dos consumidores novembro 2019
Destaca-se que o sentimento positivo resulta mais das expectativas futuras do que da situação atual. De facto, pela informação divulgada, constata-se que o aumento do indicador de confiança dos consumidores “resultou do contributo positivo das expectativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar, da situação económica do país e da realização de compras importantes“.
A única das quatro componentes do indicador a degradar-se foi a que mede as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.
No gráfico em baixo constata-se que o nível de confiança registado em Portugal tem sido sistematicamente superior ao nível de confiança apurado para a média dos consumidores inquiridos em todos os países da Zona Euro. Esta situação só começou a registar-se, no entanto, a partir do início do ano de 2016- e não era tão consistente desde, pelo menos, o ano de 2024. Ano em que se inicia a representação da série cronológica representada no gráfico.
Quanto às empresas, o indicador de clima revela uma estagnação naquilo que tem sido uma evolução de deterioração lenta dos níveis de confiança ao longo do ano. Em novembro, a confiança diminuiu em dois setores (indústria transformadora e construção) e aumentou em outros dois (serviços e comércio).
Eis algum do detalhe prestado pelo INE:
“O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu nos últimos três meses, prolongando o movimento descendente observado desde janeiro de 2018 e atingindo o valor mais baixo desde agosto de 2014. Esta evolução refletiu o contributo negativo das perspetivas de produção, enquanto as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados e sobre a procura global contribuíram positivamente.
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu ligeiramente em novembro, após ter aumentado no mês anterior, em resultado do contributo negativo de ambas as componentes, apreciações relativas à carteira de encomendas e perspetivas de emprego.
O indicador de confiança do Comércio aumentou em novembro, contrariando a diminuição verificada no mês anterior. O comportamento do indicador refletiu o contributo positivo do saldo das perspetivas de atividade, tendo as opiniões sobre o volume de vendas registado um contributo nulo e as apreciações sobre o volume de stocks contribuído negativamente.
O indicador de confiança dos Serviços aumentou em outubro e novembro, após ter diminuído entre julho e setembro, verificando-se no último mês um contributo positivo de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa e opiniões e perspetivas sobre a evolução da carteira de encomendas.”