Previsões Económicas para 2017, 2018 e 2019

Previsões Económicas para 2017, 2018 e 2019

É difícil encontrar um indicador que não seja afetado por uma revisão em alta das previsões económicas para 2017, 2018 e 2019, por parte do Banco de Portugal. Na versão de março de 2017, a generalidade dos indicadores aponta para que o ano de 2017, 2018 e 2019 evoluam de uma forma mais positiva d oque o que era antecipado até aqui sendo que esta conclusão é particularmente ajustada para 2017, ano para o qual houve maior alteração das projeções do Banco de Portugal.

 

Previsões Económicas para 2017, 2018 e 2019

 

2017 em detalhe:

O indicador mais popular, o PIB referente a 2017, regista uma melhoria significativa na previsão, passando de 1,4% (antecipado em dezembro de 2016) para 1,7% segundo previsto em março de 2017.

Para esta evolução concorrem forte revisões em alta de variáveis como o consumo privado, a formação bruta de capital fixo, a procura externa mas também ainda que com menos magnitude, o consumo público.  O contributo para o crescimento do PIB líquido de importações (em pontos percentuais), passa de 0,5 para 0,8 no que diz respeito à procura interna, e aumenta de 0,9 para 1,0 considerando as exportações.

Ao nível do emprego, 2017 deverá fechar com uam taxa de desemprego ligeiramente inferiro a 10,0% quando até aqui se antecipava 10,1%devendo o emprego evoluir significativamente melhor do que o que até aqui era projetado: +1,6 em vez de +1,0.

A Balança corrente e de capital também deverá melhorar mais do que o antecipado em dezembro.

É preciso chegar às últimas duas linhas da tabela anexa, produzida pelo banco de Portugal, contendo as previsões económicas para 2017, 2018 e 2019 para identificar dois indicadores onde, a projeção para 2017 feita em março de 2017 é menos positiva do que a feita em dezembro de 2016. De facto, o Banco de Portugal, antecipa uma saldo positivo da balança de bens e serviços em percentagem do PIB para 2017 de 1,4% quando em dezembro a expectativa era mais otimista: 1,9%. Também a taxa de inflação (aqui na versão de índice harmonizado de preços no consumidor) deverá fechar o ano duas décimas acima da previsão anterior, fixando-se nos 1,6%.

Previsões Económicas para 2017, 2018 e 2019
Previsões Económicas para 2017, 2018 e 2019
Fonte: Banco de Portugal

 

Toso os Anos do Triénio Superam Melhor Previsão Anterior:

Para 2018 e 2019, o sentido das revisões é igualmente predominantemente positivo, ainda que menos expressivas do que para 2017. Sem querer exaustivo e deixando o resto da leitura para a observação do quadro e para a pequena publicação sobre as projeções feita pelo Banco de Portugal, sublinha-se que as previsões do PIB para 2018 e para 2019 foram revistas em alta em duas e uma décima, respetivamente, fixando-se a projeção atual nos 1,7% e 1,6%.

Significativo é que 2017 passará a ser o ano deste triénio no qual o banco central português – braço efetivo do Banco Central Europeu – espera um maior crescimento da economia, devendo a economia desacelerar ligeiramente nos dois anos seguintes (ainda que mantendo-se acima do patamar de 2016.

Na coleção de previsões divulgada em dezembro de 2016, para este mesmo triénio, o Banco de Portugal esperava que a economia fosse acelerando em 2017 e 2018, crescendo mais uma décima em 2018 e 2019 do que em 2019. Ainda assim, em nenhum dos três anos o Banco esperava um crescimento acima dos 1,5%. Agora espera que esse crescimento seja superado em todos eles.

 

Inflação cresce mais mantém-se abaixo de 2%

Com estes dados podemos também atualizar as expectativas para a evolução dos preços. Em 2017, a inflação deverá ficar um ponto percentual acima da registada em 2016 (de 0,6% para 1,6%) devendo estabilizar nos 1,5% em 2018 e 2019.

Recorde-se que estas previsões são intrinsecamente falíveis, tanto mais quando maior a distância temporal face ao horizonte projetado. Mais relevante do que a décima em si, releva o sentido de evolução esperado e a composição da evolução da economia.

 

Composição da Economia com Perfil Sustentável

No caso, predomina o equilíbrio entre o contributo interno e externo, com maior destaque para este último, o que permite comentar positivamente essa mesma composição. A economia portuguesa não verá o seu crescimento excessivamente dependente de fatores internos ou externos, devendo a fração da economia mais exposta aos mercados mundiais continuar a conquistar relevo em termos relativos.

 

Investimento de Regresso em Força

O investimento público terá um crescimento moderado, mas manter-se-á positivo, complementando o investimento em capital fixo que, esse sim, deverá regressar a níveis de crescimento francamente superiores ao registado pela economia.

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