Segundo o INE, o número de edifícios licenciados e concluídos disparou no 1º trimestre de 2017. Os primeiros aumentaram 28,1% face a igual período de 2016, enquanto que os segundos cresceram 15,9%. Em ambos os casos revelam-se acelerações face ao que tinha já sido um crescimento intenso no 4º trimestre de 2017.
Ainda assim estamos perante quantidades pequenas, fruto de décadas de crise no setor. Ou seja, as taxas de crescimento são muito elevadas mas a base de partida é extremamente baixa. No caso dos total de edifício licenciados no 1º trimestre de 2017 o INE reporta-se a menos de 5 mil edifícios, entre licenciamento para construção nova, reabilitação .
Os edifícios concluídos totalizaram cerca de 2900.
Dito isto a tendência parece ser clara de franca aceleração da atividade da construção em termos de edifícios, o ritmo do licenciamento cresce bem mais depressa do que o ritmo de conclusões o que indicia que vamos ter mais obras concluídas no futuro próximo do que o registado atualmente.
Entre os licenciamentos, destaca-se um incremento de 35,3% na construção nova (que representaram 67,8% do total de licenças pedidas), bem acima dos 17,3% apurado para as reabilitações. Note-se que ambos estão a crescer mais do que o que se havia registado no final de 2016. O gráfico que reproduzimos, construído pelo INE, é elucidativo de que se está a passar em termos históricos ainda que não revele a total dimensão do período de contração e crise na construção dos edifícios que persiste desde antes de 2007, data em que se inicia o gráfico.
Do nota ao público apresentado pelo INE sobre obras licenciadas e concluídas de construção citamos o seguinte:
Todas as regiões apresentaram variações positivas no licenciamento para construções novas, destacando-se, mais uma
vez, a Área Metropolitana de Lisboa com +120,9%. Para este aumento contribuiu o destino Habitação, que corresponde
a 62,8% (331 edifícios) e o destino Turismo, com 23,1% (122 edifícios) das construções novas licenciadas na Área
Metropolitana de Lisboa no 1º trimestre de 2017.
Quanto ao licenciamento para reabilitação de edifícios, todas as regiões apresentaram variações positivas, com maior
destaque para as regiões Centro (24,3%) e Norte (18,4%).
Face ao 1º trimestre de 2016, os fogos licenciados em construções novas para habitação familiar aumentaram 49,7%,
correspondendo a um aumento de 19,3 p.p. face à variação registada no trimestre anterior (30,4%). A Região
Autónoma da Madeira foi a única a apresentar uma variação homóloga negativa nesta variável (-22,4%). Todas as
restantes regiões apresentaram variações homólogas positivas com especial destaque, mais uma vez, para a Área
Metropolitana de Lisboa (69,5%) e para a região Norte (62,3%).